Estradas e aliados do CAF contra a COVID-19 na América Latina.

Data do artigo: 17 de junho de 2020

Autor del post - Héctor Varela

Ejecutivo Principal de la Gerencia de Infraestructura Física y Transformación Digital de CAF- banco de desarrollo de América Latina-

Todos os setores sofreram um choque como consequência da COVID-19: Saúde, educação, economia e PMEs são apenas alguns dos setores mais atingidos. Mas pouco foi dito sobre as nossas antigas aliadas, as estradas, responsáveis por mais de 90% dotransporte da região. Embora às vezes questionadas, têm sido confiável no transporte de medicamentos, alimentos e suprimentos básicos para a população durante este período de quarentena e de serviços públicos paralisados.

As estradas não só continuaram com as atividades habituais, como também tiveram que implementar medidas de prevenção à saúde e controles adicionais sobre mercadorias e passageiros. Apesar da paralização administrativa, o setor manteve a conectividade respeitando contratos de conservação, atendimento de incidentes, controle de túneis ou manutenção durante o inverno. Aproveitando o baixo número de veículos, algumas agências aproveitaram a oportunidade para executar alguns reparos nas vias.

Devemos reconhecer o trabalho duro que existe por trás da estrada e dar o valor que ela merece. Como aqueles amigos que estão sempre lá quando precisamos deles. Não podemos assumir que funciona sozinha e que essa confiabilidade é casual. Por trás disso tudo, está o esforço de todo um setor que deve ser valorizado e que merece nosso reconhecimento e aplausos.

Desde o primeiro empréstimo para construir uma ponte sobre o rio Limón, em 1972, a estrada é a infraestrutura que recebe mais financiamento do banco de desenvolvimento da América Latina, destino de 20% dos US$ 188 bilhões de financiamentos acumulados ao longo de sua história e consequente com sua missão de desenvolvimento regional e integração. Embora seja um dos principais ativos da América Latina, com um valor estimado de US$ 1,2 bilhão, representa apenas US$ 2,180 de investimento por habitante. Um terço da média mundial e à frente de outras regiões do mundo.

Na reunião da Associação Internacional de Empresas Concessionárias de Rodovias (AIECR), várias organizações como WB, BID, ADB, AIIB e o banco de desenvolvimento da América Latina discutiram as perspectivas da estrada diante de uma crise que causou uma queda no tráfego global de mercadorias de 35% e do tráfego de veículos de 75%. Tudo aponta para uma situação de demanda deprimida que durará um ano, seguida de uma lenta recuperação até que um novo e desconhecido paradigma de mobilidade seja formado.

Portanto, três estágios distintos são identificados no processo:

Um primeira etapa consiste em enfrentar desafios imediatos, como garantir o tráfego rodoviário, fornecendo os recursos necessários aos seus gestores, sejam públicos ou privados. A redução do tráfego causa impactos nas contas públicas e às empresas concessionárias. Para ajudar nossos países a enfrentar essa etapa, o CAF possui as ferramentas que o tornam reconhecível no financiamento da infraestrutura rodoviária: proximidade com o cliente, flexibilidade e profundo conhecimento do setor na região, sem nunca perder de vista sua missão de desenvolvimento sustentável e integração regional.

Uma segunda etapa, já em andamento, focada no combate à crise econômica. Os países precisam de projetos que ajudem a reativar a economia, com investimentos de rápida execução e alta geração de empregos. E, para desenvolver políticas públicas contracíclicas, nada como nossa antiga aliada, a estrada, com um excelente efeito multiplicador de investimento na economia e uma extraordinária capacidade de gerar até 500.000 empregos por US$ 1 bilhão investidos.

Diante dessas novas necessidades, os governos latino-americanos revisam seus planos de investimento rodoviário pré-crise, avaliando se permanecem relevantes e quais projetos devem priorizar. E o CAF pode apoiá-los com recursos, metodologias de análise e transferência de experiências regionais que ajudem na identificação desses projetos de alto impacto e sua prioridade.

A terceira etapa é a suposição de uma normalidade diferente associada a novos modelos de desenvolvimento. Apresenta-se como uma excelente oportunidade para enfrentar deficiências estruturais na infraestrutura rodoviária da região, acelerar a luta contras as mudanças climáticas, aumentar a resiliência, reduzir a demanda de transportes, impulsionar as cadeias de suprimentos locais e adotar novas formas de organização territorial.

Utilizando os pontos fortes CAF, podemos apoiar o setor rodoviário nos desafios enfrentados pela região nesta última etapa, propondo nossa abordagem de:

  • Melhora na produtividade e da competitividade com estradas sustentáveis, focadas em cadeias de suprimentos planejadas e eficientes.
  • Integração física da América Latina, para melhorar sua resiliência produtiva e garantir cadeias de suprimentos diante de um provável período de desglobalização.
  • Impulsionando novas tecnologias na gestão da demanda de transporte e na operação rodoviária dinâmica, baseada em sistemas ITS, Big Data, V2V, C-ITS, CTC, etc.

Em suma, o CAF continuará apoiando as estradas como promotoras do desenvolvimento social e econômico da América Latina, como aliado dos países da região para superar a crise gerada pela COVID-19 e até mesmo dar um passo adiante.

Héctor Varela

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Héctor Varela

Ejecutivo Principal de la Gerencia de Infraestructura Física y Transformación Digital de CAF- banco de desarrollo de América Latina-

Héctor Varela es Ejecutivo Principal de la Vicepresidencia de Infraestructuras de CAF desde el año 2014. Especialista sectorial destinado en el hub de Montevideo, su trabajo se centra en dar soporte técnico a las operaciones de financiamiento de carreteras y ferrocarriles del sur de la región, así como en la generación y transferencia de conocimiento asociado.
 
Hasta su incorporación a CAF desarrolló su carrera como ingeniero en España, destacando su actividad de 5 años en el diseño de ferrocarriles de alta velocidad en la ingeniería INECO y su labor durante 9 años como Director de Proyectos y Consultoría en la ingeniería EPTISA, donde participó activamente en la planificación, financiación y desarrollo de infraestructuras de transporte, logística y movilidad urbana.
 
Es Ingeniero Civil con grado de Maestría en Caminos Canales y Puertos por la Universidad Politécnica de Madrid, donde también cursó una Maestría en Gestión y Financiación de Infraestructuras, Equipamientos y Servicios.

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Transporte COVID19

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