Nenhum setor econômico foi tão afetado pela pandemia quanto o turismo: Hotéis fechados, aviões estacionados e toda a atividade que dependia de visitantes do próprio país e do exterior sem uma única renda para sustentar seus custos fixos; mas, agora, dois anos depois, vemos quase todas as empresas de pé, ressurgindo de uma tragédia e se preparando para o novo boom do turismo.
Por isso, este 27 de setembro que comemora a criação da Organização Mundial do Turismo (OMT/WTO) e que foi instituído como o Dia Mundial do Turismo deve ser um dia de homenagem à resiliência do setor: nenhum outro com essa força e solidez, nem com maior capacidade de resistência e adaptação.
Globalmente, já se registra 80% dos níveis de emprego, visitas e receitas de 2019, apesar da conjuntura econômica e geopolítica, inflação, aumento no preço dos combustíveis e, consequentemente, das tarifas aéreas, e dos efeitos do conflito Rússia-Ucrânia; nas Américas, estamos em 87% (El Salvador, Colômbia, Honduras e República Dominicana com números positivos) e com todas as expectativas de que nossa região estará totalmente recuperada até o final do ano.
O turismo, motor de desenvolvimento como nenhum outro setor, contribui com 11% do PIB da nossa região, embora para nossos parceiros do Caribe possa chegar a 50% e, o mais importante, gera igualmente 11% do emprego; um emprego, em geral, não qualificado e inclusivo que beneficia os jovens (primeiro emprego) e as mulheres, gênero que predomina com 54%, emprego que não é facilmente substituível por máquinas, com capacidade de mobilizar outros setores econômicos com ênfase nos níveis mais vulneráveis e cujo produto, em um turismo responsável e sustentável - como deve ser - não se esgota.
Superada a crise, enfrentamos novos desafios com os quais a indústria está comprometida: alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que farão do turismo, até 2030, uma força motriz do crescimento econômico sustentável, ambiental, social, cultural e inclusivo, como proposto pela OMT.
Diante das evidências demonstradas pelo setor, no que se refere a fortaleza, adaptação e compromisso com a mudança, o CAF - banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, a partir de sua decisão de se tornar o banco verde e o banco do crescimento sustentável e inclusivo, e por meio da nova Direção de Turismo, apoiada nos trabalhos das Gerências de Economias Criativas e Desenvolvimento Urbano, de Infraestrutura e de Mudanças Climáticas; assim como da vice-presidência do Setor Privado e das Representações Locais, determinou disponibilizar recursos para projetos de investimento e cooperação técnica que ajudem a impulsionar o crescimento do turismo para os países, suas subnacionais e o setor privado.
Além disso, as tendências marcadas por um nomadismo digital, colateral da pandemia, que ajudam a romper a lacuna entre a baixa e a alta temporada e pelas mudanças de comportamento do turista que agora busca o natural e o autóctone, são propícias para a região. De fato, uma recente pesquisa citada pela OMT, entre "millennials" e "centennials", revelou que 80% preferiam gastar em uma viagem em vez de adquirir um bem e que seus destinos prioritários eram os de natureza e aqueles que permitiam interagir com as comunidades.
Oportunidade única para América Latina e o Caribe, e aí está o CAF para apoiá-la.
Feliz Dia do Turismo!
Óscar Rueda García
Director de Turismo en CAF
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