Financiamento climático para desenvolver infraestruturas sustentáveis na América Latina e no Caribe
Durante esse evento, serão discutidos os desafios e as oportunidades que os países da América Latina enfrentam na implementação das infraestruturas sustentáveis necessárias para o seu desenvolvimento e sua consonância com os compromissos do Acordo de Paris. Os diferentes mecanismos de articulação entre o financiamento da agenda de mudança climática e o desenvolvimento dos países também serão analisados.
Data do evento:
13 dezembro 2018
Os principais economistas do mundo afirmam que a mudança climática é a maior falha do mercado na história da humanidade, com implicações potencialmente negativas sobre o bem-estar social, o desenvolvimento econômico e a estabilidade financeira das gerações atuais e futuras. Estimativas conservadoras indicam que uma mudança climática descontrolada pode levar a custos globais equivalentes a perder entre 5% e 20% do Produto Interno Bruto (PIB) em todo o mundo a cada ano.
Como resultado, os tomadores de decisões públicas e privadas do mundo todo têm dois desafios pela frente:
- reduzir significativa e rapidamente as emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo, a fim de descarbonizar a economia mundial e evitar que o aumento da temperatura média global atinja níveis perigosos.
- adaptar os padrões globais de consumo e produção, estilos de vida e cadeias de abastecimento aos impactos físicos, meteorológicos e hidrológicos da mudança climática, que agora são inevitáveis.
O setor financeiro, centro dos mercados globais atualmente, enfrenta os mesmos desafios, mas também existem muitas oportunidades financeiras associadas com a reorganização das economias em defesa do clima:
- Por um lado, os riscos associados com a mudança climática, recentemente categorizados como físicos, de transição e de responsabilidade civil, devem ser compreendidos, identificados, avaliados, gerenciados e, eventualmente, divulgados por instituições de todos os setores financeiros.
- Por outro lado, a transição para economias baixas em carbono e resilientes ao clima exigirá um investimento adicional de pelo menos US$ 60 bilhões até 2050, que deverá ser financiado em parte pelas instituições financeiras: US$ 35 bilhões para descarbonizar o sistema de energia mundial, por meio de energias renováveis e de eficiência energética; outros US$ 15 bilhões para adaptar as infraestruturas já criadas pelo homem às constantes mudanças nas condições climáticas; e outros US$ 2 bilhões para reorganizar o uso da terra em todo o mundo, a fim de atender à crescente demanda por produtos agrícolas, ao mesmo tempo em que se detém o desmatamento das florestas tropicais.