Novo normal e formação profissional
Neste evento, haverá uma breve apresentação do relatório sobre o novo normal e a formação profissional junto a autoridades do CAF e da OIT/Cinterfor, seguida de uma conversa com os diretores das instituições e os autores do relatório, com destaque para seus principais resultados e descobertas
Data do evento:
29 março 2022
A pandemia causada pela Covid-19 levou ao encerramento quase total das atividades presenciais em IFPs na América Latina e no Caribe. Pelo menos 85% das atividades presenciais foram suspensas, afetando mais de 30 IFPs que, durante 2019, receberam mais de 20 milhões de alunos. Jovens e mulheres foram os mais afetados. Os jovens, devido à rápida perda de postos de trabalho em setores econômicos fortemente atingidos, como o do comércio, alimentação e serviços associados ao turismo, entre outros. E as mulheres, devido à concentração excessiva de responsabilidades de cuidados nos lares.
Entre março e abril de 2020, 77% das IFPs foram obrigadas a recorrer ao encerramento total dos centros de formação. O INA e o INFOTEP recorreram à formação 100% remota, enquanto o SENA e o SENAI o fizeram parcialmente. A diminuição do número de participantes formados por IFPs acabou por ser a primeira consequência da suspensão da presencialidade e da restrição da mobilidade. O INFOTEP e o INA apresentaram queda de matrícula de 57% e 31%, respectivamente, enquanto SENA e SENAI experimentaram queda significativamente diferente, sendo de 1% e 7%, respectivamente.
Uma das principais dificuldades durante o período de restrições foi a capacitação dos professores para o uso das ferramentas digitais envolvidas no ensino virtual. As quatro instituições priorizaram a realização de ações de formação nas áreas de atualização técnica e competências digitais. Sinais alentadores estão começando a surgir em todas as quatro instituições de que a reabertura das salas de aula de treinamento vocacional está lentamente levando a demanda de volta aos níveis pré-pandemia. No caso do INFOTEP, foi implementado um plano piloto de reinscrição de alunos com 59 mil vagas, tendo recebido cerca de 300 mil cadastros (o que levou a plataforma a colapsar).
No SENAI, os participantes dos cursos virtuais passaram de 34% do total, em 2019, para 62%, em 2020. Essa transformação envolve dois desafios centrais, compartilhados pelos quatro entrevistados: a retenção de alunos e a qualidade dos processos de aprendizagem.
Neste evento, serão discutidos os sucessivos desafios formativos impostos pela virtualidade para os professores: o primeiro, de nivelamento no uso de ferramentas; o segundo, a atualização permanente para incorporar as vertiginosas mudanças tecnológicas do contexto atual; e, por fim, a formação para o desenvolvimento de estratégias didáticas e pedagógicas para a realização de cursos virtuais.
Data: Terça-feira, 29 de março
Horário:
- 9h Peru/Colômbia/Equador/Panamá
- 10h Bolívia/Venezuela
- 11h Paraguai/Argentina/Brasil/Uruguai
*O evento será transmitido via ZOOM