Rumo a uma política abrangente para os assentamentos informais na ALC

Na América Latina e no Caribe, mais de 130 milhões de pessoas vivem em assentamentos precários, o que é uma das manifestações mais claras dos problemas de exclusão em nossa região. Sejam vilarejos, favelas ou acampamentos, os habitantes das cidades informais têm acesso a menos oportunidades, bens e serviços em suas comunidades: não contam com serviços básicos, tendem a pagar preços mais altos por suas moradias do que os praticados nas cidades formais, e em condições ainda mais precárias, vivendo em condições de superlotação,risco predial e ambiental, e costumam sofrer maior instabilidade laboral devido à falta de competitividade para se inserirem em empregos qualificados e de qualidade.

Há um consenso internacional na gestão pública sobre a necessidade de enfrentar de forma abrangente o desafio da informalidade urbana. Os projetos e programas que venham a intervir no habitat informal não devem apenas abordar o deficit de infraestruturas básicas ou aumentar a oferta de moradias adequadas e a preços acessíveis: é necessário garantir o acesso a serviços essenciais, como educação e saúde, disponibilizar espaços públicos e infraestruturas sociais de qualidade; devem promover o acesso seguro e conveniente ao transporte público e contribuir para a reativação e a integração produtiva das comunidades, apoiando as economias populares, solidárias e de assistência. Por fim, esses programas devem fortalecer a resiliência ambiental das comunidades, uma vez que elas são e serão, indiscutivelmente, as mais afetadas pelas mudanças climáticas e pelos desastres naturais.

Durante o evento, serão compartilhadas as lições aprendidas com diferentes experiências na região e serão discutidas propostas sobre os desafios futuros da informalidade urbana. 

Data: 11 de novembro de 2022

Horário: 10h (horário Uruguai/Argentina)

O evento será transmitido nesta mesma página.