Apresentação do Relatório sobre Economia e Desenvolvimento no Brasil

Nos últimos 30 anos, a maioria dos países latino-americanos implementou políticas de liberalização comercial de forma unilateral, multilateral e no contexto de acordos comerciais firmados na região e com parceiros extrarregionais, que resultaram na redução de tarifas e barreiras não tarifárias. Embora para a média da região essas políticas tenham gerado ampliação do comércio e dos investimentos, a magnitude desses movimentos tem sido modesta e em desacordo com as expectativas quanto ao impacto dessas iniciativas sobre o crescimento e o bem-estar. Uma das razões desta situação é que as medidas de abertura mencionadas não geraram incremento significativo e sustentado do comércio intrarregional, que se manteve em torno de 15% do total das exportações desde meados da década de 1990, com poucas mudanças ao longo dos anos, o que sugere que a proximidade não parece ter tido um impacto significativo em termos de menores custos de comércio, fato que se verifica em outras regiões e blocos econômicos. Diante dessas circunstâncias, vale a pena questionar quais são as causas desse fraco desempenho.

Este relatório explora a hipótese de que a baixa inserção internacional das empresas na América Latina se deve, em parte, ao pouco uso do espaço regional como complemento de uma estratégia de expansão global das exportações. Tal hipótese, portanto, se concentra no feedback e nos benefícios entre a abertura regional e global —ou o que tem sido chamado de regionalismo aberto. Para conseguir essa maior inserção regional e global, o relatório propõe atuar em três áreas específicas: facilitação do comércio, infraestrutura física e integração produtiva.

Data:12 de Setembro de 2022

Horário: 15h 

Lugar: Grémio Literátio (Rua Ivens 37, Lisboa)