Semana Mundial da Água: Foco na América Latina e no Caribe

Como parte da Semana Mundial da Água 2016, atividades voltadas para os desafios da gestão dos recursos hídricos na América Latina e no Caribe serão realizadas. Apesar dos notáveis progressos obtidos nos últimos anos, 34 milhões de latino-americanos ainda não contam com fontes melhoradas de água, enquanto que 106 milhões não recebem serviços adequados de saneamento.

Data do evento:

29 agosto 2016 - 31 agosto 2016

Apesar dos notáveis progressos ??obtidos nos últimos anos, 34 milhões de latino-americanos ainda não contam com fontes melhoradas de água, enquanto que 106 milhões não recebem serviços adequados de saneamento. Isto levanta uma série de desafios que os governos da região, com o apoio de organizações de cooperação e outras entidades, devem enfrentar nos próximos anos para garantir o acesso de todos os latino-americanos a serviços de água e saneamento com qualidade e sustentabilidade.

Neste sentido, durante a Semana Mundial da Água, que será realizada em Estocolmo, uma série de seminários relacionados com o setor da água na região será realizada:

  • Água e Saneamento como um Negócio: Oportunidades e Limitações. Oferecer melhores serviços de água e saneamento é uma oportunidade para as empresas privadas. O mercado é enorme: 2,4 bilhões de pessoas (cerca de 40% da população mundial) não têm acesso a saneamento básico -banheiros ou vasos sanitários-, e mais de 700 milhões de pessoas não contam com fontes melhoradas de água potável. O setor privado poderia desempenhar um papel fundamental na oferta desses serviços.
  • A Economia Circular da Água: Reutilização de Águas Residuais. O modelo econômico linear contemporâneo precisa ser modificado para aliviar as crescentes pressões sobre os recursos hídricos. A transição para um modelo circular de economia é promissora, porque substituiria a escassez com abundância e reduziria os recursos necessários para a infraestrutura hídrica. Também apoiaria a preservação ambiental e de recursos, e já que a economia circular exige mais mão-de-obra, produziria a criação de empregos de longo prazo.
  • Rumo a uma Infraestrutura Verde. A infraestrutura verde é um modo de abordar a gestão da água que protege, restaura e imita seu ciclo natural. Envolve a restauração de pântanos e outras soluções com base na natureza, em vez de construir infraestruturas de cimento, novas e caras. Os rios, córregos, pântanos, várzeas e florestas proporcionam serviços críticos, como água limpa e proteção contra inundações, que deveriam ser considerados como componentes essenciais da nossa infraestrutura hídrica.
  • Implantar os ODS Relacionados à Água: Um Diálogo Inter-regional. No ano de 2015 ocorreu a criação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Entre 1990 e 2012, 2,3 bilhões de pessoas no mundo obtiveram acesso a fontes melhoradas de água, e quase 2 bilhões a saneamento melhorado. No entanto, mais de 700 milhões de pessoas, a maioria na Ásia e na África Subsaariana, não contam com fontes melhoradas de água potável, e para cerca de 2,5 bilhões lhes falta instalações melhoradas de saneamento. O desafio atual para os países em desenvolvimento é se comprometer com uma nova série de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a água é o ponto central deste desafio.

Dentro do seu objetivo de consolidar a implantação do enfoque da Gestão Integrada dos Recursos Hídricos na região, o CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina- participará do seminário "A Economia Circular da Água: Reutilização de Águas Residuais", assim como do fórum "Implantar os ODS Relacionados à Água: Um Diálogo Inter-regional", em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e outras instituições relevantes do setor.