12 medidas para melhorar a eficiência energética na Argentina

A Argentina pode economizar até USD 13 milhões de TEP/ano se investir USD 22 bilhões nas seguintes medidas de eficiência energética

06 de julho de 2016

Fazer um uso mais eficiente da energia é a maior contribuição que os países podem fazer para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, como assegura a Agência Internacional de Energia, que prevê que 49% das contribuições para mitigar as mudanças climáticas até 2030 virão da implantação de programas de eficiência energética.

O maior desafio que os promotores da eficiência energética enfrentam é a desunião dos intervenientes. Todos nós consumimos energia, portanto, cada um de nós toma decisões de consumo e de investimento de energia. Desde o tipo de lâmpada ou de refrigerador que temos em casa, até o tipo de motor que se compra para a frota de veículos de uma empresa. Por isso, aumentar a eficiência energética implica uma substituição em massa dos equipamentos.

Para contribuir com a melhoria do esforço das intervenções que promovem a eficiência energética na Argentina, o CAF realizou um estudo para identificar os subsetores e as medidas estratégicas que devem ser realizadas nesse país, devido à sua realidade econômica. Este estudo teve como foco iniciativas privadas que podem florescer nos subsetores comerciais e industriais.

Foram priorizadas, em ordem de viabilidade, 12 medidas estratégicas para melhorar a eficiência energética na Argentina:

  1. Substituição de lâmpadas dehalogênio por lâmpadas LED.
  2. Substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas CFL de baixo consumo.
  3. Substituição de ventiladores em cabines de refrigeração ou motores por mais eficientes nos sistemas de refrigeração comercial.
  4. Implantação da norma ISO 500001, que inclui a implantação de sistemas de gestão de energia por parte das indústrias, relacionados com processos energo-intensivos e com o aquecimento de embarcações e edifícios.
  5. Instalação de dispositivos para controlar a velocidade giratória de motores industriais.
  6. Isolamento de tubulações industriais para preservar a temperatura.
  7. Substituição de sistemas de fornecimento ininterrupto de energia (UPS) para equipamentos de nova geração.
  8. Substituição de caldeiras de gasóleo por bombas de ar ou de água para a aclimatação (aquecimento ou resfriamento)
  9. Instalação de compressores eficientes para refrigeração de leite nas fábricas de produtos lácteos.
  10. Troca dos equipamentos existentes de ar condicionado por outros de alta eficiência.
  11. Instalação de fornos eficientes para a fundição de aço em indústrias de fabricação de ferramentas.
  12. Troca de caldeiras industriais.

Para cada medida se estimou o investimento total necessário e a potencial economia energética da execução da mesma. A Argentina necessitaria até USD 22 bilhões, o que geraria uma economia superior aos 13 MM de TEP/ano  (TEP: tonelada equivalente de petróleo).

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