Desafios na gestão urbana da água
O tratamento e a eliminação das águas residuais para conservar o meio ambiente são desafios prioritários na América Latina
Os principais desafios da gestão da água nas cidades da América Latina giram em torno de três situações: a ocupação informal da terra e a precariedade das residências; a baixa qualidade dos serviços públicos, especialmente os de água e saneamento; e a degradação do meio ambiente urbano com a contaminação dos corpos d'água e a administração de resíduos sólidos.
Para enfrentar esses desafios, é necessário entender a gestão urbana da água com os seguintes componentes: água potável, saneamento e drenagem pluvial, como explica o relatório Igualdade e Inclusão Social na América Latina: acesso universal à água e ao saneamento - Série Reflexões sobre políticas sociais e ambientais. Nº 2.(CAF, 2013). O relatório destaca que se exige uma infraestrutura suficiente para satisfazer a atividade humana com níveis de serviço pré-determinados de qualidade, volume e continuidade.
Nos países da América Latina, os serviços de água potável e esgoto geralmente são prestados por uma única empresa. O documento destaca o caso da Colômbia que, como exceção, tem um sistema de 34 corporações ambientais autônomas que contam com o financiamento de diversas fontes.
Por outra parte, a maioria das fontes de abastecimento de água das cidades da América Latina encontra-se comprometida. Primeiro porque as fontes mais próximas são insuficientes para atender o rápido crescimento urbano. E porque, em muitos casos, as fontes de água se deterioraram devido a descargas de águas residuais domésticas e industriais.
O relatório conclui que para responder aos desafios urbanos da água se exigem soluções coordenadas em vários setores, como o zoneamento do uso do solo, os planos de transporte e a coleta de resíduos sólidos, dentro de um enfoque integrado do ciclo da água. Deste modo, a América Latina pode melhorar a qualidade dos serviços de água potável e saneamento da população desfavorecida, mais além das taxas de cobertura de acesso aos serviços que foram aperfeiçoados.