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20 de dezembro de 2024
Estudo identifica um total de 216 novos possíveis projetos de geração de energia elétrica no país.
02 de julho de 2018
A fim de explorar o potencial da Bolívia para a geração de energia hidrelétrica, o CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - apresentou um estudo que identificou 216 novos projetos hidrelétricos, dos quais priorizou dez que poderiam gerar cerca de 1.500 MW de energia hidrelétrica, com um investimento estimado de US$ 3,5 bilhões.
O estudo, financiado pelo CAF e pelo OFID, foi desenvolvido pela consultoria Poyri e contou com o apoio técnico do Ministério da Energia, do CNDC e do ENDE, sob a coordenação da Direção de Análise e Estratégia de Energia do CAF. Os resultados foram apresentados às autoridades do Ministério da Energia, a executivos da Empresa Nacional de Electricidad (ENDE) e a outros profissionais ligados ao setor da energia elétrica do país, na presença do vice-presidente corporativo de infra-estrutura do CAF, Antonio Pinheiro, que enfatizou a importância da produção de energia pela construção de usinas hidrelétricas.
"Energia e desenvolvimento caminham de mãos dadas e, embora hoje haja uma multiplicidade de fontes de energia, a hidrelétrica continua sendo uma das formas mais importantes de geração, e a Bolívia tem um grande potencial", disse Pinheiro.
O chefe do Departamento de Estudos de Projetos Hidrelétricos da consultoria, Alexander Arch, explicou que foram identificados 216 novos possíveis projetos na Bolívia, sem levar em conta os que estão em fase de construção e em operação, dos quais foram escolhidos os dez principais (cada um com um potencial de produzir entre 100 e 300 MW) por sua viabilidade e relação custo/benefício, uma vez que exigiriam menos tempo de construção e implementação porque representariam custos mais baixos e afetariam menos a população, ou seja, apresentam menos riscos sociais e ambientais.
Arch salientou que o trabalho começou em abril de 2017 e que as duas primeiras fases identificaram 23.170 rios, de acordo com os estudos topográficos, hidrológicos e fluviais do país, além de um potencial técnico remanescente utilizável de cerca de 40 GW. Os dez possíveis projetos identificados correspondem ao setor baixo do país e dependem das correntes das bacias nacionais de Beni, Mamoré, Tarija e Pilcomayo e dos rios Altamachi, Ivirusu, Amaguaya, San Pedro, Chayanta, Tarija, Mapiri, Chimoré, Alto Beni e Pilcomayo.
A diretora-representante do CAF na Bolívia, Gladis Genua, salientou a importância dos resultados do estudo e disse que serão úteis para que o Ministério da Energia e o ENDE possam aproveitar o potencial hidrelétrico da Bolívia e priorizar projetos que permitam abastecer o mercado interno e até mesmo exportar energia elétrica.
"Pretendemos aprofundar nosso apoio ao setor energético na Bolívia, porque acreditamos que existe um potencial muito grande no país no que diz respeito a investimentos na geração de energia de fontes renováveis, bem como para abastecer tanto a demanda interna quanto exportar para os países vizinhos", disse Genua, ao oferecer apoio técnico e financeiro a este setor estratégico da economia nacional.
Por sua vez, o Ministro da Energia, Rafael Alarcón, agradeceu ao CAF por promover o estudo do potencial hidrelétrico do país, salientando sua importância para a Bolívia, que tem o propósito de se tornar o centro de energia da região. Além disso, afirmou que é o início do projeto de exportação de energia da Bolívia, cujo potencial de produção é de 40.000 megawatts.
"A região apresenta uma grande necessidade de energia e, com a colaboração do CAF, poderemos tornar realidade nosso propósito de contribuir para o desenvolvimento deste setor na região", finalizou o ministro.
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