Panamá tem as ferramentas necessárias para voltar ao caminho do crescimento econômico e do progresso social
February 21, 2022
O período pós-pandemia implica enormes oportunidades para economias como o Panamá, especialmente para o desenvolvimento de setores como o agronegócio, o que permitirá diversificação produtiva com maior coesão territorial e social.
Com o objetivo de tornar o Panamá um país mais sustentável, onde a inovação se destaca como o principal eixo para a recuperação de áreas como agricultura e turismo, o vice-presidente do Setor Privado do CAF - banco de desenvolvimento da América Latina-, Jorge Arbache, participou da Conferência Anual de Executivos CADE 2022, organizada pela Associação Panamenha de Executivos Empresariais, APEDE, Capítulo Chiriquí, este ano sob o lema "Para um Panamá Sustentável: transformação do modelo econômico, institucional e social para a Região Ocidental".
O vice-presidente do Setor Privado do CAF, Jorge Arbache, afirmou que a região tem grande potencial para o turismo, logística e desenvolvimento produtivo institucional que vem se consolidando nos últimos anos, graças a um modelo de governança bem-sucedido que hoje é evidente nos complexos de competitividade regional. Por meio deles, foram identificadas as principais vantagens produtivas locais, e uma carteira de oportunidades de investimento que fortalecerá o crescimento econômico foi proposta.
O funcionário ressaltou que o Istmo da América Central no período de 2010 a 2019 apresentou um crescimento médio de 6,6% ao ano, superando em muito a taxa de crescimento da América Latina e do Caribe, que foi de 2,3%. Esse crescimento possibilitou dobrar a renda per capita em 10 anos e se tornar um dos países com maior PIB da região.
Segundo Arbache, no ano passado o Panamá teve um crescimento aproximado de 15%, um dos mais altos do mundo, o que implica assumir o desafio de se estabelecer como uma economia de alta renda e continuar a fechar as lacunas socioeconômicas entre as regiões e melhorar o acesso a bens e serviços para a população mais vulnerável; para isso, é essencial promover motores de crescimento.
"O CAF apoia iniciativas que melhorem o desenvolvimento do setor agrícola com uma abordagem multissetorial, que promoverá a promoção de alianças e a formação de cadeias de alta produtividade", disse Arbache.
Elisa de Suárez de Gómez, presidente da APEDE, disse que não é possível continuar fazendo as coisas como antes e tentar obter resultados diferentes; ela ressaltou que, para impulsionar o crescimento econômico, é preciso pensar fora dos regimes tradicionais, inovar e expandir nossos eixos de produção, bem como transformar as instituições, pois, com o fortalecimento delas, é possível atrair investimentos econômicos.
Também ressaltou que, como país, é necessário ter em mente aspectos relevantes como transparência, justiça e, sobretudo, entidades públicas estruturadas e confiáveis. Somente dessa forma será possível que os cidadãos tenham confiança de que as decisões certas serão tomadas e, dessa forma, somar-se-ão à construção de um Panamá que gera mudanças sociais promotoras de desenvolvimento, reduzindo lacunas e desigualdades.
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