CAF obtém mais recursos e presença regional para se tornar o banco verde e para a reativação econômica da América Latina e Caribe

A América Latina e Caribe terão um aliado fortalecido para atender às necessidades imediatas de seus países e, por sua vez, às iniciativas de longo prazo que promovam o bem-estar de seus povos, a produtividade e a proteção do meio ambiente, graças à capitalização de USD 7 bilhões ao CAF -banco de desenvolvimento da América Latina, aprovada por consenso em sua Assembleia Geral Extraordinária.

Os ministros da Economia e Finanças, presidentes de Bancos Centrais e autoridades econômicas dos 19 países acionistas endossaram a nova visão do CAF de se tornar um banco mais próximo e ágil, a serviço de todos os países da região. O fortalecimento do patrimônio, que permitirá que o portfólio dobre até 2030, se concentrará em quatro áreas principais: Converter o CAF no banco verde da América Latina e Caribe; apoiar governos subnacionais; promover a integração regional e fortalecer o papel do setor não soberano.

“Agradecemos o voto de confiança dos acionistas para esse compromisso ambicioso que estabelecemos para o futuro da organização: ser o banco da reativação social e econômica no curto prazo e o banco verde da América Latina e Caribe até o fim da década. Essa capitalização nos permitirá melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas, promover o desenvolvimento sustentável e proteger o único planeta que temos”, afirmou Sergio Díaz-Granados, presidente-executivo da instituição.

Por sua vez, o ministro da Fazenda do Paraguai, Óscar Llamosas, em suas primeiras declarações como novo presidente do Conselho de Administração da organização internacional, comemorou o aumento de ativos e expressou que os desafios que a recuperação pós-pandemia da covid -19 traz consigo são uma realidade, apesar da qual os países da região devem enfrentar. Nesse sentido, mencionou que a Agenda do CAF acompanha esses desafios por meio de sua posição como banco no marco da reativação econômica e como Banco Verde da América Latina e do Caribe.

O secretário de Assuntos Estratégicos da Argentina e membro do Conselho de Administração, Gustavo Beliz, afirmou: “Com essas ações, os países da América Latina decidem por unanimidade fortalecer o Banco de Desenvolvimento para enfrentar os desafios mais urgentes da inclusão social, mudanças climáticas, cidades inteligentes e infraestrutura para integração”, que também destacou que com essa capitalização a CAF se compromete a alinhar 40% de sua carteira para financiar operações de apoio ao desenvolvimento sustentável.

Novos membros plenos

Após 61 anos, El Salvador ingressa em um novo banco multilateral e fortalece seu vínculo com essas organizações. A incorporação de El Salvador e da República Dominicana como membros plenos do CAF reflete o compromisso da instituição de atingir maior presença na América Central e no Caribe e demonstra a confiança dos países na solidez financeira do CAF.

“A incorporação de El Salvador é um sinal de que estamos caminhando para um processo de transformação bastante amplo. Da mesma forma, oferecemos nossos bons ofícios para ajudar o banco de desenvolvimento da América Latina de todas as formas que pudermos para torná-lo uma região mais justa e desenvolvida”, disse Alejandro Zelaya, Ministro da Fazenda de El Salvador.

A Vice-Ministra de Crédito Público da República Dominicana, María José Martínez Dauhajre, destacou em seu discurso: “Temos certeza de que a incorporação da República Dominicana à CAF como membro pleno ampliará a assistência técnica e melhorará as condições de financiamento para avançar na prioridade projetos que ajudarão a cumprir os objetivos da agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.”

Entre os benefícios que El Salvador e República Dominicana receberão como membros plenos está o acesso a novas fontes de financiamento, recursos de assistência técnica e conhecimento especializado que melhorarão o bem-estar da população e a competitividade e a inserção internacional.

Aprovações de USD 1,08 bilhões

O Conselho de Administração do CAF, reunido pela primeira vez em Assunção, no Paraguai, designou o ministro da Fazenda, Óscar Llamosas, como novo presidente do colegiado, o qual exercerá a função pelo período de um ano. A reunião também aprovou cinco operações em benefício de mais de 500 mil pessoas da Colômbia, Panamá e Paraguai.

• O CAF emprestará US$ 600 milhões à Colômbia para impulsionar a economia laranja e melhorar a ação climática
• O CAF apoiará o Panamá a se tornar mais resiliente às mudanças climáticas com um empréstimo de USD 320 milhões
• O CAF aprova empréstimo de US$ 160 milhões ao Paraguai para obras de água e saneamento na Bacia Mariano Roque Alonso

O CAF também aprovou financiamento externo com garantia soberana à Colômbia de até USD 1,2 bilhões, que visa a fortalecer o desenvolvimento do Caribe, do Pacífico e dos Santanders do país. Além disso, foram assinados três contratos de crédito no valor de US$ 175 milhões a favor do Equador, que ajudarão a melhorar as estradas rurais, o acesso aos serviços de irrigação e drenagem nas províncias do país e implementar os planos nacionais de educação, água potável e saneamento.