Panamá redobra esforços para recuperar trajetória econômica de uma década atrás
14 de março de 2022
As atividades econômicas realizadas no interior do país requerem um maior desenvolvimento para que atinjam receitas equilibradas e compatíveis com as da capital. Investir nas províncias é a aposta para uma maior coesão social e territorial, necessária ao crescimento econômico.
Nos últimos anos, o Panamá deu passos significativos para recuperar sua economia e, para se manter nessa trajetória de crescimento, redobrou seus esforços no desenvolvimento e na promoção do turismo sustentável e no compromisso com uma maior execução de infraestrutura, questões que foram abordadas durante a Conferência Anual de Executivos (CADE) Região Central e Panamá Ocidental, sob o tema “Por um Panamá Sustentável: Transformação do Modelo Econômico, Institucional e Social da Região Central e Panamá Ocidental”.
O evento, que contou com a participação da representante do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- no Panamá, Lucía Meza, constitui-se como um importante fórum para analisar e buscar soluções para os problemas nacionais dos setores público e privado, e se traduz na contribuição para o desenvolvimento econômico, político, social e ambiental do país com igualdade e equidade.
Na opinião de Lucía Meza, o crescimento de longo prazo exige um impulso ao investimento não só em infraestrutura, mas também uma maior ênfase na produtividade e na formação de capital humano para melhorar a competitividade do país em suas vantagens estratégicas. “A Região Central conta com grande potencial de produção agropecuária, turística, pesqueira e logística, inexplorado devido à falta de infraestrutura, conectividade e serviços básicos para melhorar as condições de vida da população local e capacitação profissional para inserção no dinâmico mercado de trabalho”, destacou Lucía.
Para a representante do escritório do CAF no Panamá, as maiores oportunidades de crescimento do país estão em suas províncias. “Temos a oportunidade de reconstruir nossas economias de uma maneira melhor, aprendendo com os erros do passado e planejando cidades e territórios mais sustentáveis”, ressaltou.
O presidente do CADE Região Central e Panamá Ocidental, Ricardo González de Mena, insistiu na formulação de políticas públicas que visem à desconcentração da população da Região Metropolitana e a realocação no interior de indústrias, sedes de empresas e organizações internacionais, facilitando o desenvolvimento sustentável dessas cinco províncias. A presidente da APEDE, Elisa Suarez de Gómez, destacou o espírito proativo dos CADEs, que permitem uma análise aprofundada de diferentes ações e iniciativas em favor do país. O evento contou com a presença dos presidentes dos capítulos de Azuero e do Panamá Ocidental, Ángel Pérez e Omar Sugasti, respectivamente.
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