Jovens da América Latina e Caribe: de espectadores à ação
20 de setembro de 2022
Durante o segundo dia do evento do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- “Muitas vozes, uma região: América Latina e Caribe trabalhando juntos na Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”, especialistas participaram da busca por soluções que ajudem os jovens a serem não apenas espectadores, mas também ativistas nas diferentes questões ambientais e sociais da região.
Esta reunião de alto nível buscou criar vínculos entre a Nova Agenda da Juventude e o Desenvolvimento Sustentável da América Latina e Caribe, bem como comemorar o 30º aniversário da Organização Internacional da Juventude (OIJ).
Esta mesa-redonda, liderada conjuntamente com a OIJ, buscou não apenas consolidar o compromisso político dos líderes para a mobilização e a implementação prática desta agenda nos países ibero-americanos, mas também fortalecer o Plano 3.0 para uma transformação digital focada nos jovens.
📆🙋♀️"Este evento es el inicio de un proceso en el que estarán participando de manera presencial o virtual muchas personas para construir la Nueva Agenda de #Juventud, donde la transformación digital es un escenario clave": @MaxTrejo
— CAF (@AgendaCAF) 21 de setembro de 2022
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“A nova agenda da juventude: a transformação digital” foi o tema sobre o qual discorreram personalidades como Max Trejo, secretário-geral da OIJ; María Inés Castillo, ministra de Desenvolvimento Social do Panamá; María Zelaya, secretária de Relações Exteriores e Cooperação de Honduras; Zulmit Rivera, ministro da Juventude de Honduras; Edgar Colman, ministro da Juventude do Paraguai; Kristel Ward Huston, vice-ministra da Juventude da Costa Rica; Gabriela Posso, assessora presidencial para a Juventude da Colômbia; Carme Artigas, secretária de Estado de Digitalização e Inteligência Artificial da Espanha.
“É preciso fazer uma análise profunda do que está acontecendo: os jovens não têm a confiança necessária justamente por serem jovens. A maior geração do mundo tem entre 14 e 29 anos, é aquela que entende o que estamos vivenciando, porém, não são decisores sobre o futuro. Com a transformação digital, todos podemos ser ativistas positivos e propositais em direção à mudança”, comentou a ministra de Relações Exteriores do Panamá, Erika Mouynes.
Por sua vez, o secretário-geral do OIJ, Max Trejo, afirmou que o CAF teve uma grande virtude como observador em sua nova gestão ao decretar e reconstruir um sistema de confiança para os países da América Latina, já que estes são um ponto de encontro entre a agenda pública, o setor privado, governos etc.
No encontro, os palestrantes convidados compartilharam algumas das experiências que estão promovendo em seus respectivos países para influenciar e integrar os jovens em atividades e políticas públicas que possam impactar tanto a eles quanto os países para um desenvolvimento social, econômico e ambiental positivo.
🧠💆♂️💆♀️"A #SaúdeMental en los #jóvenes não é uma questão de menor importância. Os jovens precisam estar mentalmente saudáveis para que isso permeie a sociedade”: @nayeliyoval de @InjuveCDMX, explica que têm promovido programas como #ContactoJoven, pelo WhatsApp.
— CAF (@AgendaCAF) 21 de setembro 2022
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Por sua vez, Christian Asinelli, vice-presidente corporativo de Programação Estratégica do CAF, afirmou que se identificou ao participar de ações para jovens, “porque apostar neles os coloca em lugares de alcance para que possam realizar políticas públicas. As lacunas ficaram mais claras e é por isso que no CAF estamos muito comprometidos e acompanhando os ministérios para fechá-las. “Estivemos, estamos e estaremos no desenvolvimento da juventude e renovando parceria em prol desse público”.
Para encerrar o painel, a secretária de Estado de Digitalização e Inteligência Artificial da Espanha, Carme Artigas, enfatizou a importância de ensinar essas novas gerações nativas a recuperar a parte não digital como valores essenciais e fundamentais para democracias avançadas.
Acreditamos que a transformação digital nos obriga a trabalhar os novos direitos ligados a tecnologias disruptivas, como inteligência artificial e neurotecnologias. Certos direitos fundamentais devem ser protegidos, tais como:
- Direitos de liberdade
- Direitos de Participação no Espaço Público
- Direito à educação digital (competências digitais)
- Direitos vinculados à regulação tecnológica (transparência algorítmica entre funcionários e gestores)
- Garantir os direitos humanos no mundo digital, em particular, aos jovens, que são uma população vulnerável
“Pensamento computacional, pensamento crítico, capacidade de criar, colaborar e comunicar são a chave para que os jovens nos ajudem e nos inspirem a deixar um mundo melhor para as próximas gerações”, concluiu.
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