CAF promove a ambição climática da América Latina e Caribe na COP27

18 de novembro de 2022

A participação do CAF na COP27 ajudou a posicionar a América Latina e o Caribe como uma região de soluções ambientais e climáticas e a criar alianças globais para promover projetos inovadores em agricultura, transporte, água, energia e turismo sustentável.

A COP27, em Sharm El-Sheikh, no Egito, terminou com uma série de acordos globais para impulsionar a ação climática, incluindo a criação de um fundo sobre “Perdas e Danos”, cujos termos (países beneficiários, valores e articulação) serão definidos nas próximas semanas. Este fundo beneficiará as regiões mais vulneráveis às alterações climáticas (paradoxalmente, as que menos poluem) e responde a uma das exigências históricas mais cobradas pelos países mais expostos ao aumento da frequência e da intensidade das catástrofes naturais. 

No que diz respeito aos compromissos de redução de emissões, a situação não mudou substancialmente em relação ao que foi assumido na COP26, em Glasgow, e os países não chegaram a um acordo sobre 2025 ser o ano de pico para as emissões poluentes. 

O CAF destinará USD 25 bilhões em projetos ambientais, nos próximos cinco anos, e as operações verdes da organização passarão dos atuais 26% para 40%, em 2026

A delegação do CAF que viajou para a COP27 manteve uma intensa agenda de eventos e reuniões bilaterais com atores-chave na luta global contra as mudanças climáticas, incluindo GEF, GCF, Fundo de Adaptação, MIT, ONU, OMC, Banco Mundial, GGGI, governos europeus, como a Espanha, e ministros e vice-ministros de mais de oito países da América Latina e do Caribe. 

Estes são os destaques da participação do CAF na COP27, no Egito:

  • CAF se une à aliança global contra a seca: Foi lançada, durante a COP27, a International Drought Resilience Alliance (IDRA), uma coalizão que visa a acelerar o momento político e estabelecer uma plataforma global para tornar a resiliência à seca uma prioridade em acordos multilaterais e políticas nacionais de desenvolvimento e cooperação.
  • Avançamos na criação de uma estratégia para os oceanos: organizamos um painel com especialistas internacionais para discutir as linhas estratégicas de nossa nova estratégia para oceanos, baseada nas sinergias entre países, na preservação da fauna marinha, na promoção do turismo sustentável e no desenvolvimento das comunidades locais. No Cúpula de Lisboa dos Oceanos, anunciamos que destinaremos USD1,25 bilhões para preservar a saúde dos oceanos.
  • Assinamos um empréstimo para financiar um programa de agricultura climaticamente inteligente, na Colômbia. Os recursos (USD 100 milhões) provêm do GCF e do CAF. Este projeto fortalecerá a capacidade dos agricultores para gerenciar os riscos climáticos e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões agrícolas, ajudando os agricultores a adotarem tecnologias digitais de produção agrícola e adaptação climática. De abrangência nacional, a iniciativa fortalecerá as capacidades de produtores, técnicos e instituições para injetar uma perspectiva climática na produção pecuária e agrícola.
  • Soluções baseadas na natureza = soluções baseadas nas comunidades: Lançamos um projeto com o Ministério do Meio Ambiente da Colômbia, MIT e CIAT para capacitar comunidades que cuidam da terra há séculos para liderar a preservação e a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento socioeconômico e a implementação de soluções baseadas na natureza.
  • Avanços na iniciativa do CAF sobre turismo sustentável: nos reunimos com a OMT e outras organizações internacionais e especialistas para integrar conceitos em nossa estratégia de turismo sustentável e vivo.
  • Jantar do CAF: como todos os anos, organizamos o jantar do CAF, que contou com a presença de mais de 60 convidados, entre os quais os ministros do Meio Ambiente do Equador e Barbados, vice-ministros do Panamá e El Salvador e representantes dos comitês latino-americanos e organismos internacionais.