CLTD 2022, ponto de encontro dos atores do ecossistema digital latino-americano, tem início na Cidade do México

Nos dias 29 e 30 de novembro, acontece, no Hilton Reforma, na Cidade do México, o Congresso Latino-Americano de Transformação Digital (CLTD), o fórum anual de políticas de TIC, convocado por ASIET, CAF, GSMA e em coordenação com o Instituto Federal de Telecomunicações (IFT). Com a presença de autoridades, executivos e especialistas internacionais, o evento busca analisar políticas públicas viabilizadoras para o futuro digital da região. As inscrições são gratuitas e ainda estão abertas no site cltd.lat. 

A conferência começou nesta manhã, com a sessão inaugural  “Transformação digital: sustentabilidade dos investimentos para a prosperidade latino-americana”, realizada em parceria com a Mobile 360 Latin America. Entre os participantes estavam Maryleana Méndez, secretária-geral da ASIET; John Giusti, diretor de Assuntos Regulatórios da GSMA; Javier Juárez Mojica, comissário presidente do Instituto Federal de Telecomunicações (IFT); Rogelio Jiménez Pons Gómez, subsecretário de Transportes da Secretaria de Infraestrutura, Comunicações e Transportes (SICT) do México; Daniel Hajj Aboumrad, CEO da América Móvil; Lucas Gallitto, chefe da GSMA para a América Latina; Gabriela Ramos, diretora-geral adjunta para as Ciências Sociais e Humanas, UNESCO; e René Orellana Halkyer, gerente Regional para o México e América Central do CAF.

Maryleana Méndez -Secretaria Geral da ASIET- e John Giusti, diretor de Assuntos Regulatórios de GSMA, iniciaram o diálogo sobre as políticas públicas necessárias para maximizar as oportunidades socioeconômicas da digitalização na América Latina. Da mesma forma, Javier Juárez Mojica, comissário presidente do IFT, e Rogelio Jiménez Pons Gómez, subsecretário de Transportes da Secretaria de Infraestrutura, Comunicações e Transportes (SICT) do México, abriu o debate da primeira sessão como país anfitrião do encontro.  

Para Maryleana Méndez, secretária-geral da ASIET, “é claro que o tamanho do desafio que enfrentamos é de tal dimensão que a ação individual, seja pública ou privada, não será suficiente para realizá-lo, requer a contribuição e o trabalho de todos e de cada um, entendendo que todos os atores do ecossistema devem contribuir de forma equilibrada para promover soluções digitais inclusivas, justas e sustentáveis”. Por sua vez, John Giusti, diretor de Assuntos Regulatórios da GSMA, garantiu: “as decisões que tomamos hoje se tornarão a realidade de amanhã e é nosso dever, como líderes, trabalhar juntos para garantir que estamos tomando decisões que apoiem o crescimento do 5G, promovam a inovação e o investimento, resolvam a lacuna de uso. Devemos trabalhar para construir um futuro digital que seja sustentável e equitativo, um futuro melhor para todos nós e para as gerações vindouras”.

Javier Juárez Mojica, comissário presidente do IFT do México,  pontuou que,  no setor de telecomunicações estão os alicerces da transformação digital, um processo que é transversal, porque impacta todas as atividades da sociedade. Nesse sentido, lembrou que o IFT foi reconhecido pela UIT como um regulador de quinta geração e uma das principais características é a regulação colaborativa, modelo que o IFT confirma com a criação do Comité 5G em que participam representantes de vários setores mesas redondas de trabalho que abordam temas como espectro, infraestrutura, casos de uso, regulamentação, segurança cibernética e experimentação. Para Rogelio Jiménez Pons Gómez, subsecretário de Transportes da Secretaria de Infraestrutura, Comunicações e Transportes (SICT) do México, é necessário projetar “novos modelos de negócios que estimulem a implantação de mais infraestrutura para ampliar a cobertura de novas tecnologias como 5G e que assegurem rentabilidade para as operadoras, e que sejam consideradas alternativas viáveis ​​de custo e acessibilidade que aumentem a penetração dos serviços”.

Nesta primeira sessão, também conversaram Daniel Hajj Aboumrad, diretor geral da América Móvil, e Lucas Gallitto, diretror da GSMA para a América Latina, sobre segurança jurídica e investimentos. Entrevistado por Gallitto, Hajj Aboumrad afirmou: “devemos continuar avançando. Globalmente, ainda é necessário um investimento significativo no setor, é importante ter regulamentações que promovam o investimento e a convergência para alcançar uma infraestrutura resiliente, disponibilidade de espectro evitando altos custos, dispositivos inteligentes a preços adequados e um imposto estrutura que promova a cobertura e acessibilidade das pessoas aos serviços”.

De mãos dadas com especialistas do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- e da UNESCO, também discutiu-se a importância de promover a inclusão nas sociedades digitais do futuro, bem como o papel dos bancos de desenvolvimento para a prosperidade digital da América Latina e do Caribe. “Queremos destacar a importância da transformação digital e seu potencial disruptivo para uma melhor oferta, maior igualdade de acesso e sustentabilidade diante dos desafios colocados pelas mudanças climáticas. Os benefícios de uma abordagem digital para a adaptação na mitigação do clima são dignos de nota", afirmou René Orellana Halkyer, gerente regional do CAF México e América Central. 

Nos últimos 10 anos, o CAF financiou projetos de transformação digital no valor de USD 3,735 bilhões e alocou quase USD 16 milhões para promover uma agenda de conhecimento acionável e assistência técnica para acelerar a digitalização da região. O objetivo é claro: posicionar a região em um nível avançado de desenvolvimento digital e resolver, pelo menos parcialmente, as assimetrias na digitalização de nossos países.

Ainda dá tempo de participar, as inscrições para o CLTD 2022 estão abertas e são gratuitas. Os participantes também poderão acessar a área de exposição e as sessões da conferência Mobile 360 ​​​​Latin America (29 de novembro a 1º de dezembro) com foco em Cloud & Edge, Conectividade e Sociedades do Futuro. Explore a agenda e inscreva-se aquí.