É necessário unir forças e promover pontes e sinergias entre os países da Aliança do Pacífico para sua reativação económica: CAF

24 de novembro de 2022

No âmbito da IX Cúpula Empresarial da Aliança do Pacífico, autoridades, empresários e instituições destacaram a necessidade de trabalhar na facilitação do comércio intra-regional, no desenvolvimento de infraestruturas físicas, funcionais e digitais, na integração produtiva e na convergência para uma agenda regional de sustentabilidade ambiental, social e climática.

Durante a inauguração da IX edição da Cúpula Empresarial da Aliança do Pacífico, Sergio Diaz-Granados, presidente-executivo do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina,Raquel Buenrostro, secretária de Economia, Marcelo Ebrard Casaubón, secretário de Relações Exteriores, e Valentín Diez Morodo, presidente ProTempore de CEAP México, concordaram que é possível chegar a uma boa reativação econômica, social e inclusiva pela união de forças, construção de pontes e geração de sinergias entre e dentro dos países.

O presidente-executivo do CAF enfatizou que "a capitalização aprovada pelo Conselho de Administração e pela Assembleia de Acionistas em dezembro e março passados, no valor de 7 bilhões de dólares, além de ser a mais alta da história da instituição, praticamente dobrará sua capacidade de financiamento até 2030, reafirmando, assim, seu compromisso com a importância de apoiar o desenvolvimento do México e da América Latina e do Caribe".

A Cúpula Empresarial é um evento que tem como objetivo gerar diálogo e intercâmbios comerciais entre autoridades, instituições e o setor empresarial. Este ano, o objetivo foi reiterar a importância da participação das mulheres empresárias na comunidade empresarial da Aliança, juntamente com políticas públicas que permitam o crescimento e o desenvolvimento através de investimentos e do comércio entre os países membros.

Em um esforço conjunto com os países da Aliança do Pacífico, o trabalho que o CAF propõe aprofundar se concentrará em vários eixos-chave para a região: mudança climática e prevenção de desastres, transição energética, fortalecimento em desenvolvimento subnacional, integração regional, turismo sustentável e proteção da biodiversidade, segurança alimentar, impulso do setor privado e fortalecimento dos bancos nacionais de desenvolvimento, entre outros.

Durante sua participação na inauguração, Díaz-Granados mencionou que a região enfrenta desafios estruturais e destacou que, segundo a edição mais recente do Relatório de Economia e Desenvolvimento publicado pelo CAF, o comércio intra-regional flutua entre 13% e 15% do total das exportações desde meados dos anos 90, o que indica “uma área de oportunidade para fortalecer o comércio entre os países".

No âmbito do evento, foi assinalado que, independentemente das tarifas, barreiras não tarifárias e aspectos históricos, o comércio entre a América Latina e o Caribe é fraco, e que isso se deve em parte à baixa competitividade das fronteiras, à sua infraestrutura logística e aos regulamentos que afetam a integração produtiva, como, por exemplo, as regras de origem. A este respeito, o presidente do CAF afirmou que a Aliança do Pacífico "não ignora esta dinâmica, e seus resultados nos convidam a continuar com o trabalho conjunto". Assim, reiterou seu compromisso de continuar promovendo o desenvolvimento e o crescimento da região e, parafraseando o astro do futebol mexicano, Chicharito Hernández, convidou os países da Aliança do Pacífico e os empresários da região a "imaginar coisas extraordinárias". A resposta desafiadora do ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, foi "façamos coisas extraordinárias".

No México, a evolução do portfólio de atividades foi muito positiva nos últimos anos em setores-chave para a integração regional, o comércio, a eficiência energética, a digitalização, a mobilidade urbana e a infraestrutura logística. Tudo isso no âmbito de projetos prioritários para os mexicanos, como o Corredor Interoceânico do Istmo de Tehuantepec, o desenvolvimento integral de Tabasco, entre outros.

Com ações e participações como esta, o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- reitera que integrar e promover o desenvolvimento sustentável na região é um desafio, mas que é possível enfrentá-lo por meio de um mecanismo inovador como a Aliança do Pacífico e dos programas e iniciativas promovidos pela organização.