CAF contribui para fechar a lacuna digital na Ibero-América.

O CAF - banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe- apoiou a organização do encontro 'Educação para o Desenvolvimento Sustentável: fechando a lacuna digital na Ibero-América'. Esta atividade, do Organismo Internacional de la Juventud para Iberoamérica (OIJ) e Global University Systems (GUS), foi realizada como evento paralelo na 78 Assembleia Geral das Nações Unidas.

Este encontro focou em como acelerar as parcerias para a educação de qualidade (ODS 4 e 17), reduzir as desigualdades (ODS 10) e promover o trabalho decente e o crescimento econômico (ODS 8). Os painelistas foram Aaron Etingen, diretor executivo da Global University Systems; Almudena Fernández, economista-chefe para o Bureau da América Latina e do Caribe, (PNUD); Zulmit Rivera, ministra da Juventude da República de Honduras; e, Florencia Taboada, ministra da Juventude da República do Paraguai. Os principais temas discutidos foram: Instalações educacionais inclusivas, equitativas, seguras e saudáveis; Aprendizagem e habilidades para a vida, trabalho e desenvolvimento sustentável; Aprendizagem digital e transformação; e Financiamento da educação.

"Todas essas transformações não podem ser realizadas sem o apoio daqueles que têm a responsabilidade de implementar as políticas correspondentes", afirmou Christian Asinelli, vice-presidente Corporativo de Programação Estratégica do CAF.

Além disso, ele destacou que “queremos continuar pensando, impulsionando e também acompanhando a transformação digital e o desenvolvimento dos jovens da região, para que esses jovens da Ibero-América possam desdobrar seus talentos, conquistar seus sonhos e alcançar as condições que lhes permitam se desenvolver economicamente e socialmente. Mas, acima de tudo, queremos que nenhum jovem da Ibero-América fique de fora da transformação digital que está em curso de mãos dadas com a Quarta Revolução Industrial".

Asinelli encerrou sua intervenção com um apelo para que "possamos trabalhar de forma conjunta, não apenas o setor público e o setor privado, mas também setores como os povos indígenas, os povos afro, que incluam a questão de gênero e a inclusão da diversidade".

Todos os palestrantes compartilharam lições-chave aprendidas e exploraram formas de promover parcerias entre os setores público e privado para reduzir a lacuna educacional e digital, ao mesmo tempo em que se criam comunidades resilientes com foco na juventude e na formação da próxima geração de líderes na Ibero-América.

O CAF está comprometido em acompanhar a Organização Internacional da Juventude para a Ibero-América (OIJ) no desenvolvimento de uma Nova Agenda de Juventude em favor dos jovens da região. Essa agenda inclui o desenvolvimento de um mecanismo de cooperação transnacional em matéria de transformação digital com especial ênfase na Educação para o Desenvolvimento Sustentável.

Para o encerramento do encontro, Max Trejo, secretário-geral do Organismo Internacional de Juventude para Ibero-América (OIJ), afirmou "queríamos ter mais vozes de diferentes áreas para ter mais perspectivas e somar compromissos em prol dos jovens que contribuam para o fechamento da lacuna digital".

Por sua vez Mariano Jabonero, secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Jabonero afirmou: "temos agora 32 milhões de estudantes de ensino superior em nossa região. Somos a região do mundo que mais cresceu no âmbito da educação superior.”

Além disso, também estiveram presentes no encontro a Embaixadora Lorena Larios, responsável pela cooperação da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), que destacou que "o grande desafio que temos neste momento é que os países se apropriem dela [Carta Ibero-americana de Princípios e Direitos de Ambientes Digitais] e que possam implementá-la em suas legislações internas para garantir os direitos de todos e todas". Por sua vez, Núria Vilanova, presidente do Conselho Empresarial para Ibero-América (CEPAI), ressaltou que "do ponto de vista dos jovens e da educação, nunca tivemos tanto Ibero-América como agora".