CAF e CVM se aliam para promover a inclusão financeira de indígenas
18 de janeiro de 2024
A iniciativa terá como base a experiência realizada junto à comunidade Jarakí, localizada na Vila do Lago de Praia, no Pará, que desenvolveu material didático e conhecimentos sobre o tema.
O CAF e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) firmaram acordo de cooperação técnica voltado a desenvolver metodologia inclusiva com pertinência cultural e replicável para a educação financeira e alfabetização digital de populações indígenas no Brasil. A iniciativa terá como base a experiência realizada junto à comunidade Jarakí, localizada na Vila do Lago de Praia, no Pará, que desenvolveu material didático sobre o tema.
“Este convênio nos permitirá, além de reforçar nosso mandato como banco verde e do crescimento sustentável e inclusivo da América Latina e Caribe, também promover o desenvolvimento étnico-territorial e, no futuro, contar com a oportunidade de replicar essa iniciativa não apenas no Brasil, mas em toda a região”, afirmou Estefanía Laterza, representante do CAF no país.
“Muitas comunidades indígenas ainda não estão totalmente inseridas na economia e são empreendedoras por necessidade. A educação financeira e a formação empreendedora são importantes, pois quando seus negócios enfrentam dificuldades de acesso ao capital, isso pode colocá-los à margem, quando comparados aos não indígenas. Desenvolver materiais de educação financeira aderentes à realidade das populações indígenas contribuirá para que estas se desenvolvam economicamente, ao mesmo tempo em que preservam suas raízes e culturas”, declarou Nathalie Vidual, Superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI), da CVM. declarou Nathalie Vidual, Superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI), da CVM.
A parceria, que já começa a ser executada no primeiro trimestre de 2024, prevê o desenvolvimento de metodologia para material educacional para educação financeira nas escolas indígenas, incluindo capacitação de professores, material educacional para letramento digital indígena, incluindo material para capacitação de multiplicadores, além de monitoramento da implementação do projeto e indicadores de resultados (quantitativos e qualitativos) e de impacto da iniciativa.
Para Veronica Guajan, especialista en assuntos indígenas de CAF, “promover a inclusão financeira das comunidades indígenas por meio de programas de formação e capacitação em um contexto regional que cada vez demanda novas habilidades em ferramentas digitais e tecnológicas é chave. A aposta é que esse grupo não seja novamente excluído e possa potencializar suas iniciativas econômicas, culturais e tradicionais, além de preservar seus conhecimentos e dinâmicas coletivas, evitando assim a migração de seus próprios territórios”.
Segundo Paulo Portinho, Gerente de Educação e Inclusão Financeira da CVM, o projeto piloto da escola indígena da Aldeia de Lago da Praia envolveu 4 professores e cerca de 70 alunos do ensino fundamental. Até o momento, foi realizada uma revisão por parte das professoras indígenas do material de Educação Financeira nas Escolas, a aplicação de questionário da OCDE para mapeamento de conhecimento e comportamento financeiro, recebimento de computadores na aldeia, criação de um laboratório de informática, instalação de painel solar e, em andamento, a elaboração de uma cartilha de educação financeira voltada para o 4° ano.
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