CAF agrega aliados para promover uma transição energética justa na região
01 de julho de 2024
Em um evento de grande relevância, organizado pela Subsecretaria de Finanças do Governo do México, o CAF – banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe, participou para continuar o intercâmbio de ideias para a evolução necessária do financiamento multilateral para o desenvolvimento na região.
“O papel da Banca Multilateral no crescimento económico regional, na formação de cadeias de valor regionais e na transição energética justa”, foi presidido por Gabriel Yorio, subsecretário de Finanças e Crédito Público, que recebeu Alexia Latortue, subsecretária do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e Renata Vargas Amaral, Subsecretária do Ministério do Planejamento e Orçamento do Brasil.
Em representação da CAF, participaram deste fórum Emilio Uquillas, Representate do CAF; Antonio Silveira, Vice-Presidente do Setor Privado e Gerente de Infraestrutura e Energia do CAF, que concordou que é hora de aumentar a cooperação entre os bancos multilaterais de desenvolvimento (MDB), os bancos de desenvolvimento locais e os governos dos países, com o fim de enfrentar os desafios colocados pelas alterações climáticas e a luta contra a pobreza e a desigualdade.
Duas declarações conjuntas foram assinadas durante este fórum. A CAF foi signatária da Declaração Conjunta para a Transição Elétrica Justa, através de Emilio Uquillas e junto com Gabriel Yorio e Juliette Grundman.
“Como banco de desenvolvimento, estamos empenhados em desenvolver ferramentas financeiras e técnicas inovadoras para ajudar a região a reduzir a sua pegada de carbono e a emissão de gases poluentes e com efeito de estufa, sem negligenciar os seus desafios de desenvolvimento social, para permitir uma transição para a utilização de energia limpa, energia verde e sustentável e mitigação das mudanças climáticas”, disse Emilio Uquillas.
A segunda declaração conjunta foi a favor da promoção da transparência e da governança corporativa nos BMDs e foi assinada por Gabriel Yorio, Alexia Latortue e Renata Amarat.
A magnitude dos desafios na América Latina torna essencial a procura de maior transparência e cooperação entre os BMD, bem como uma melhor troca de informações com os governos nacionais, com o objectivo de entregar recursos de forma mais eficiente às entidades públicas e privadas.
Durante este fórum, foram demonstrados os avanços do projeto Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica, promovido pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e executado pelo BID. Este projeto de nearshoring ou amizade concentra os esforços de desenvolvimento em três eixos principais: minerais estratégicos que apoiam a transição energética, como o lítio e a grafite; a indústria de equipamentos médicos e farmacêutica, bem como semicondutores.
O México é um dos países com maiores vantagens para investir nos setores mencionados e será o primeiro onde terá início a segunda fase do projeto.
Por sua vez, Antonio Silveira apresentou a experiência do CAF em projetos de transição energética em áreas de alta tecnologia, como armazenamento de energia de hidrogênio verde e gás, onde destacou nosso financiamento à Litio.mx para o desenvolvimento do projeto da planta de baterias de lítio.
Emilio Uquillas, por sua vez, destacou a importância dos bancos multilaterais influenciarem as capacidades dos pequenos municípios, os subnacionais que chegam à população. “Nossa visão é trazer recursos dos mercados internacionais e financiar o investimento dos países membros. Nosso principal auditor é o mercado.”
“Hoje é necessário aumentar a coordenação, porque as agências multilaterais não conseguem fornecer o que os países necessitam com os seus esforços isolados. A transição energética justa é um dos desafios mais importantes que temos, porque devemos realizar a descarbonização para combater as mudanças climáticas, mas que esses esforços promovam a equidade em nossos países e, porque não, gerem uma recuperação industrial na América Latina”, concluiu Antonio Silveira.
O fórum também contou com a participação de Gisela Sánchez, presidente do Banco Centro-Americano de Integração Econômica (BCIE); Amanda Glassman, assessora executiva do Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); María Fabiana Jorge, diretora executiva para os EUA do BID; Marcelino Madrigal, chefe da Divisão de Energia do BID; Juliette Grundman, diretora para México, Cuba e América Central da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e diretor geral de Organizações Financeiras Internacionais do Ministério das Finanças, Manuel Orrantia.
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