COP16: A Biodiversidade Une a América Latina e o Caribe
01 de agosto de 2024
A CAF levará o Pavilhão da América Latina e do Caribe à COP16 em Cali com o lema #ABiodiversidadeNosUne, com o objetivo de destacar o potencial da região para liderar a conservação da biodiversidade, impulsionar a ação climática com seus exuberantes ecossistemas, valorizar os saberes ancestrais e promover a economia azul.
A COP16 de biodiversidade, uma cúpula global que ocorre a cada dois anos para definir agendas, compromissos e marcos de ação para conservar e usar a diversidade biológica de forma sustentável, será realizada este ano em Cali, Colômbia, de 21 de outubro a 1º de novembro.
Com o lema “Paz com a Natureza”, a COP16 revisará o andamento dos compromissos assumidos pelos países em 2022 e fará um chamado à reflexão sobre como melhorar nossa relação com o meio ambiente e repensar um modelo econômico que não priorize a extração, a sobreexploração e a poluição da natureza.
Nesse sentido, a visão latino-americana e caribenha é essencial, tanto para o futuro socioeconômico e ambiental da região quanto para a sustentabilidade do planeta. A CAF, banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe, contará com um Pavilhão aberto a todos os países da região na COP16, com o lema #ABiodiversidadeNosUne, que será um espaço de diálogo e visibilidade, onde serão apresentadas iniciativas inovadoras em ecossistemas como os manguezais, a Amazônia, o Caribe, o Chocó biogeográfico, a Patagônia e as Galápagos. Haverá também espaços para encontros com a sociedade civil e os atores sociais.
Agora é o momento em que a América Latina e o Caribe devem fortalecer sua narrativa e seu papel como região de soluções, o que exige um esforço de coordenação e união de vontades que deve prevalecer acima das diferenças. Somos uma das regiões mais ricas em diversidade biológica do planeta. Abrigamos 40% da biodiversidade mundial e seis países da região (Brasil, Colômbia, Equador, México, Peru e Venezuela) estão entre os dezessete países qualificados como “megadiversos” do mundo. A biodiversidade, portanto, torna-se um fator de integração regional e de posicionamento no debate global que deve ser promovido.
“Na América Latina e no Caribe, as comunidades indígenas protegem 80% da biodiversidade mundial, e 36% das florestas intactas restantes estão em seus territórios. A região tem 6 dos países mais megadiversos do mundo, 11 dos 14 biomas da Terra e o habitat com maior biodiversidade do planeta, a floresta amazônica. Esses dados destacam a necessidade de uma nova liderança para enfrentar o problema da perda de biodiversidade, levando em consideração as pessoas e comunidades cuja sobrevivência imediata depende dela e que detêm o conhecimento necessário para protegê-la e regenerá-la”, afirma Alicia Montalvo, gerente de Ação Climática e Biodiversidade Positiva da CAF.
CAF na COP16
Com o Pavilhão da América Latina e do Caribe, a CAF levará à COP16 a voz da região para destacar seu papel de liderança na preservação da biodiversidade global.
A CAF pretende gerar debates em torno do valor dos ecossistemas estratégicos, da importância de trabalhar na economia azul, do papel dos jovens, da necessidade de implementar sistemas de financiamento inovadores (como títulos verdes e trocas de dívida por natureza) e das comunidades e territórios na linha de frente da preservação da biodiversidade.
A CAF abordará a perda de biodiversidade e a utilização dos recursos financeiros com uma nova perspectiva, colocando no centro do processo de tomada de decisões as comunidades que mantêm relações diretas com o ambiente natural e que estão em melhor posição para desenvolver ações que levem à regeneração dos ecossistemas de forma coerente com o contexto social e ambiental.
Para isso, a CAF identificou 15 ecossistemas estratégicos prioritários na América Latina e no Caribe, incluindo a Amazônia, o Caribe, o Corredor Seco Mesoamericano, o Cerrado, a Patagônia e os páramos, e está desenvolvendo ações para cobrir as lacunas identificadas, oferecendo soluções baseadas na natureza, na engenharia e na governança.
Na COP de Mudança Climática de Dubai, a CAF apresentou essa abordagem, destacando o papel da região como uma região de soluções, na medida em que a conservação dos ecossistemas não apenas permitirá enfrentar os desafios das mudanças climáticas por meio da absorção massiva de emissões de CO2, mas também ajudará a resolver os problemas de segurança alimentar por meio da agricultura regenerativa.
Através da abordagem ecossistêmica, a CAF quer mostrar que os ecossistemas são essenciais para a integração regional, uma vez que os desafios que enfrentam não conhecem fronteiras, e sua conectividade é fundamental para preservar o equilíbrio ambiental.
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