CAF apresenta sua nova abordagem estratégica sobre ecossistemas na COP16
21 de outubro de 2024
No âmbito da COP 16, realizada em Cali, o CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe - apresentou seu enfoque inovador para a proteção e restauração de ecossistemas estratégicos na região. Essa abordagem responde aos desafios urgentes da crise climática e da perda de biodiversidade que afetam o continente, considerado o mais biodiverso do mundo, com mais de 60% da biodiversidade global, incluindo 6 dos 17 países megadiversos e o habitat mais diverso: a floresta amazônica.
A CAF identificou 14 ecossistemas estratégicos na América Latina e no Caribe de enorme relevância global, que cobrem todo o seu território, estão interconectados entre si e com outros ecossistemas do hemisfério e fornecem serviços essenciais para garantir a subsistência das populações locais. Entre eles estão os páramos, a Patagônia, as florestas de Tumbes no Chocó e Magdalena, a Mata Atlântica, o corredor biológico mesoamericano, os manguezais, a Amazônia, a Corrente de Humboldt, o Gran Chaco e o Pantanal, entre outros.
A nova abordagem ecossistêmica da CAF é holística, com uma visão de longo prazo e foco na integração regional. Ela também coloca as pessoas no centro, promovendo o desenvolvimento sustentável e incluindo comunidades locais, povos indígenas e afrodescendentes na tomada de decisões.
Integrado a essa nova abordagem está o Programa Regional de 300 milhões de dólares para a Conservação, Restauração e Uso Sustentável de Ecossistemas Estratégicos, que busca aumentar o financiamento direto para os setores público e privado e fornecer ferramentas para identificar projetos de qualidade.
"Esse esforço é complementado por outras iniciativas da CAF, como o Mecanismo de Ação Verde, que promove operações 100% verdes por meio de cooperação técnica e financiamento concessional e busca contribuir para tornar a América Latina e o Caribe um motor de soluções", disse Sergio Díaz-Granados, presidente executivo da CAF.
A CAF também reafirmou seu compromisso de atingir um piso de 40% em financiamento verde até 2026, com 10% destinados à conservação e restauração da biodiversidade, o que equivale a aproximadamente US$ 2,5 bilhões. Graças à colaboração com a NTTDATA, a CAF conseguiu estimar uma lacuna de financiamento nesses ecossistemas de mais de US$ 400 bilhões, e espera-se que o investimento em projetos altamente eficientes chegue a US$ 1,1 bilhão.
Com essas ações, a CAF continua a se posicionar como líder na promoção de soluções transformadoras para a sustentabilidade na região, alinhando-se aos objetivos do Novo Marco Global da Biodiversidade para 2030 e 2050.
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