CAF apoia projeto que combate degradação dos corais de Alagoas

11 de novembro de 2024

Recifes de corais estão sofrendo com a elevação da temperatura das águas do mar: o objetivo do projeto é conservar, restaurar e valorizar os corais no estado.

Em seu propósito de se consolidar como o banco verde da América Latina e do Caribe, o CAF mantém foco estratégico em questões ambientais críticas, entre elas, a adaptação às mudanças climáticas e a proteção da biodiversidade da região. Durante a COP16 de Biodiversidade, realizada em Cali, Colômbia, em outubro, o CAF anunciou um programa de US$ 300 milhões para proteger a biodiversidade de América Latina e do Caribe.

Nesse sentido, o CAF apoia o projeto Corais de Alagoas, lançado neste dia 11, no Marco dos Corais de Maceió, pelo Governo do estado, por meio Secretaria de Estado do Turismo (Setur). A representante do CAF no Brasil, Estefanía Laterza, participou da solenidade, ao lado do governador, Paulo Dantas; da secretária da Setur, Bárbara Braga; e de outras autoridades. O CAF está financiando o projeto com o valor de US$ 1,6 milhão.

“É uma honra para o CAF ser parte deste projeto. Nós somos parceiros de longa data do Governo de Alagoas e nos orgulhamos desta iniciativa, que vai contribuir para um ativo bioestratégico muito importante do estado, a barreira de corais. Nós estamos investindo aqui em ciências, estamos investindo neste ativo que vai trazer ainda mais recursos para Alagoas e contribuir para o bem-estar da população”, afirmou Estefanía.

De acordo com informações da Secretaria de Estado de Turismo de Alagoas, os recifes de corais do estado estão sendo diretamente atingidos pela crise climática, que tem provocado o branqueamento em massa e a morte dos corais. Trata-se de um fenômeno ecológico crítico, em que os corais perdem suas cores vibrantes e se tornam brancos ou translúcidos, em razão do aumento da temperatura da água dos oceanos em períodos prolongados de calor intenso.

Ainda conforme a Setur, nos últimos meses, mais de 50 países estão passando pelo branqueamento dos corais devido ao aumento da temperatura das águas do mar, provocando impactos ao meio ambiente, à pesca e ao turismo.

O projeto foi desenvolvido por pesquisadores dos laboratórios da Universidade Federal de Alagoas e do Instituto Biota de Conservação.

“Nós temos, sem dúvida, algumas das maiores e mais belas barreiras dos corais do mundo e nós precisamos preservá-las. Nós vamos iniciar pelas que estão mais necessitadas, que são as que estão aqui em Maceió, em Marechal Deodoro, em Paripueira e em Maragogi. Esses quatro municípios serão beneficiados com a restauração de cerca de 500 colônias”, afirmou a secretária Bárbara Braga.