7 fundamentos para a cobertura de desastres naturais

Informar sobre mudanças climáticas e desastres com responsabilidade é um pré-requisito para jornalistas especializados nesses temas. Um seminário da FNPI resumiu as práticas para uma melhor cobertura na mídia sobre o meio ambiente

01 de abril de 2013

Exercer um jornalismo ambiental responsável e informado, que saiba priorizar o impacto das notícias e aproximá-las das pessoas, especialmente quando envolvam fenômenos naturais, foram temas do seminário Responsabilidade ambiental e gestão de risco, organizado pelo CAF e pela FNPI, e apresentado pelo jornalista espanhol Joaquín Fernández Sánchez.

O especialista destacou, entre as conclusões fundamentais, a obrigação dos jornalistas de saber a importância da gestão de risco para informar de forma responsável. Aqui estão algumas das considerações:

  • Formar-se em questões relacionadas às mudanças climáticas, especialmente em políticas públicas e conhecer a realidade ambiental de outros países da região.
  • Familiarizar-se  com o significado dos termos do vocabulário climático.
  • O fato de que um jornalista ambiental seja o mensageiro de más notícias tem a ver com a maneira como as notícias são dadas. Isso pode ser feito sem tirar a gravidade, mas procurando que a maneira em que possam fazer mais forte a pessoa que está em risco.
  • Compreender que os desastres naturais são a resposta da natureza para as decisões dos seres humanos. 
  • É importante que os jornalistas saibam o que atribuir à natureza e o que não. Por trás de cada desastre há um processo e há causas, isso é o que se deve buscar.
  • A ameaça pode ser natural, como terremoto, furacão ou inundação; mas é considerada uma ameaça quando afeta um território vulnerável.
  • Um desastre é um risco não gerenciado. É importante, como jornalistas ambientais, não se concentrar no desastre, mas no risco. Ao concentrar-se neste eixo, pode-se aprofundar nas raízes e tentar prevenir outro.

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