A Colômbia será um dos três países mais inovadores da América Latina?

Como parte do programa de inovação empresarial, o CAF apoiou empresários, agentes de conhecimento e o governo colombiano na criação de um espaço de coconstrução da agenda de inovação para o país.

02 de março de 2016

Países como Irlanda, Israel, Coreia e China demonstram que para a obtenção de processos acelerados e sustentáveis de crescimento é necessário um forte investimento em tecnologia e inovação que impacte no aumento significativo da produtividade das empresas. 

A OCDE considera que o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da Colômbia ainda é pequeno em comparação com as referências regionais: o gasto em I+D é de apenas 0,2% do PIB, enquanto que no Brasil, por exemplo, é de 1,2%, e na OCDE é de 2,4%.

Considerando que é de extrema importância que as empresas ampliem sua participação no financiamento da I+D+i, o Plano Nacional de Desenvolvimento Todos por um Novo País, do governo colombiano, definiu como uma visão para 2025 que a Colômbia se torne um dos três países mais inovadores da América Latina, destinando 1% do PIB para a I+D+i do país, sendo que o setor privado financiaria 50 por cento.

Em um espaço de colaboração oferecido pelo CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- para apoiar o Conselho Privado de Competitividade e os líderes de inovação das empresas pioneiras em I+D+i na Colômbia, foram geradas 90 iniciativas definidas em cinco eixos estratégicos: Financiamento, Capital Humano, Propriedade Intelectual, Articulação de Interessados, e Qualidade e Importância.

Estas propostas foram enviadas ao Departamento Nacional de Planejamento como insumo para o CONPES que define a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2015-2025, a qual está em processo de revisão e aprovação.

Essa experiência fortaleceu a colaboração, o alinhamento e a articulação entre os participantes do setor privado, os agentes de conhecimento e os representantes do Governo ao iniciar um diálogo e gerar consensos sobre as prioridades de trabalho nos próximos anos em torno das principais questões e os facilitadores para incentivar o investimento privado em I+D+i.

Entre as propostas geradas se destacam: estruturação de novos instrumentos para financiar a I+D+i; alinhamento de incentivos para realizar I+D+i entre empresas e agentes de conhecimento; elaborar indicadores de retorno para o investimento em I+D+i para criar incentivos aos funcionários, entre outras.

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