A informalidade laboral: um dos desafios da educação técnica na América Latina

Parcerias público-privadas, esquemas de coordenação no setor público e o desenvolvimento de competências transversais são três das chaves para o ensino técnico e a formação profissional na região

03 de fevereiro de 2015

O desafio das instituições de ensino técnico é enfrentar a informalidade e criar capacidades para promover processos de formalização, tanto em nível do trabalhador como das empresas. Esta foi uma das conclusões do seminário "Educação Técnica e Formação Profissional na América Latina: o desafio da produtividade".

O encontro foi organizado pelo Diálogo Interamericano e pelo CAF -banco de desenvolvimento da América Latina-, que publicou um estudo homônimo a respeito das inovações neste assunto com o objetivo de promover melhorias na produtividade.

Nos debates destacou-se a importância do desenvolvimento de competências transversais como, por exemplo, ética, responsabilidade pessoal e liderança, etc., que são bastante exigidas pelas empresas. É neste ponto onde se identifica que existe uma maior lacuna entre o que as organizações da região demandam e as capacidades laborais que os profissionais e técnicos oferecem a partir da sua educação.

Apresentaram-se casos da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Panamá, Peru e México, que concordaram que para fechar a lacuna entre oferta e demanda é necessário consolidar os sistemas nacionais de certificação de competências, que são mecanismos de solução integral e articulação entre os setores do governo, laboral e empresarial.

"É importante gerar esquemas de coordenação dentro das entidades do setor público que estejam relacionadas com o ensino técnico e a formação profissional", explicou Diana Mejia, especialista sênior do CAF. "Ao se estabelecer parcerias público-privadas, é possível gerar incentivos para a participação ativa do setor privado".

O evento contou com a participação de mais de 100 pessoas, incluindo personalidades de diversos órgãos governamentais, como ministérios e superintendências, assim como pesquisadores especialistas no assunto.

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