América Latina y Caribe quiere ser protagonista de la acción climática global
29 de janeiro de 2025
Durante o Fórum Econômico Internacional no Panamá, organizado pelo CAF e WIP, com o apoio do PRISA, especialistas analisaram os avanços em biodiversidade e ação climática, alinhando interesses para a COP 30 em 2025.
29 de janeiro de 2025
No Fórum Econômico Internacional, realizado no Panamá pelo CAF - banco de desenvolvimento da América Latina e Caribe - e WIP, com o apoio do PRISA, um grupo de especialistas discutiu os avanços dos últimos anos em biodiversidade e ação climática, buscando alinhar os interesses da região para apresentar novas soluções na COP 30, que ocorrerá no final de 2025 em Belém, Brasil.
No painel intitulado "De Cali a Belém: América Latina e Caribe, um ator-chave na ação climática global", Alicia Montalvo, gerente de Ação Climática e Biodiversidade Positiva do CAF, destacou que, em um momento de incerteza no cenário ambiental global, a região tem demonstrado uma voz influente, especialmente nas questões de mudança climática, transição energética e proteção da biodiversidade.
A sessão de abertura contou com a participação de Astrid Schomaker, secretária-executiva do Convênio sobre Diversidade Biológica (PNUMA), e Juan Carlos Navarro, ministro do Meio Ambiente do Panamá. O debate também reuniu Mario Pardo, presidente executivo do BBVA Colômbia; Sonja Gibbs, diretora-geral e chefe de Finanças Sustentáveis do Instituto de Finanças Internacionais; e Nadia Malpartida, gerente sênior de Sustentabilidade e Mudança Climática da EY.
Urgência da ação climática
Juan Carlos Navarro chamou a atenção para a dimensão do desafio da crise climática, que se torna cada vez mais urgente. "Me preocupa a falta de senso de urgência que percebo nos governos, no setor privado e na sociedade em geral. Por isso, insisto que não devemos parar de discutir as COPs e as agendas de clima, biodiversidade e desertificação", afirmou. O ministro também sugeriu mudanças no processo decisório das COPs, propondo que os acordos deixem de depender da unanimidade e passem a ser aprovados por algum tipo de maioria.
Astrid Schomaker ressaltou que os riscos ambientais estão entre os dez maiores desafios que as empresas enfrentarão na próxima década e que US$ 44 trilhões da economia global dependem da preservação da natureza. "É hora de reconhecer essa realidade, de os governos apoiarem investimentos sustentáveis e de as empresas assumirem sua responsabilidade nesse problema", enfatizou.
Soluções financeiras para o meio ambiente
Os painelistas discutiram as principais soluções e instrumentos financeiros em desenvolvimento para viabilizar um modelo inovador de investimentos sustentáveis. Para Sonja Gibbs, governos, organizações e o setor privado devem intensificar o envolvimento das instituições financeiras multilaterais na criação de novos mercados e produtos financeiros para impulsionar a economia verde. "O mercado voluntário de carbono, por exemplo, é promissor, assim como a proteção das florestas. No entanto, ainda há questões a serem desenvolvidas, e essa parceria com organismos multilaterais representa uma grande oportunidade", declarou.
Nadia Malpartida complementou ao destacar que, para continuar gerando valor para diversos stakeholders, é essencial "aprender a gerir os riscos dos novos negócios e buscar oportunidades, produtos e serviços inovadores que valorizem o impacto positivo no meio ambiente e na biodiversidade. Esse movimento deve ser liderado pelo setor público para garantir resultados mais amplos".
Oportunidades para investimentos sustentáveis
Mario Pardo destacou que a América Latina possui um grande potencial de investimento em setores estratégicos. "O potencial da região é altíssimo em áreas como cadeias produtivas alimentares sustentáveis, turismo e bioturismo, além de termos a matriz energética mais limpa de todos os continentes. Precisamos seguir avançando na criação de espaços para aproveitar essas oportunidades regionais e garantir que não as percamos nos próximos anos, que serão de crescimento econômico global", concluiu.
Com a COP 30 no horizonte, a América Latina e o Caribe buscam consolidar-se como protagonistas da ação climática global, demonstrando que a proteção ambiental pode andar lado a lado com o desenvolvimento econômico sustentável.
29 de janeiro de 2025
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29 de janeiro de 2025
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