CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
O território Antártico, com 14 milhões de km², é um ecossistema extremo e único, com biodiversidade limitada em terra, mas rica no mar. Enfrenta ameaças como a perda da camada de ozônio, o aquecimento global, a poluição e a atividade pesqueira que afetam seus ecossistemas e habitats.
03 de outubro de 2024
O território Antártico é reivindicado por sete países e cobre uma área de 14 milhões de km². França, Noruega e Reino Unido reivindicam soberania sobre partes do continente branco, junto com nações vizinhas como Argentina, Austrália, Chile e Nova Zelândia (Tratado da Antártica, 1959).
Os territórios chilenos e argentinos juntos ocupam aproximadamente 1,4 milhão de km², uma área conhecida como Antártica Ocidental, que é separada da Antártica Oriental pelas montanhas Transantárticas, com 4.000 km de comprimento (Libertelli, 2021).
Menos de 1% do continente está livre de gelo e apresenta as condições mais frias, secas e ventosas do planeta, tornando-o extremamente inóspito. Essas condições criaram adaptações únicas nos organismos que vivem lá e limitaram a biodiversidade terrestre. Durante o verão, quando o gelo derrete ao longo da costa, é possível encontrar uma variedade de musgos, líquens, fungos, gramíneas e dicotiledôneas, além de aves e mamíferos durante os períodos de reprodução e descanso. A biodiversidade marinha, por outro lado, é muito maior. Existem cerca de 300 espécies de peixes nas águas antárticas, 90% das quais são endêmicas da região. Além disso, a comunidade bentônica antártica—organismos que vivem no fundo do mar—possui uma grande diversidade de espécies (Libertelli, 2021).
Este ecossistema sofreu eventos extremos ao longo dos anos, sendo o mais significativo em 1980, quando se descobriu a perda de uma grande parte da camada de ozônio sobre a Antártica. Essa perda foi causada pela presença de clorofluorocarbonos (CFCs) na atmosfera, usados como refrigerantes e em aerossóis. Os efeitos deste “buraco” na camada de ozônio ainda são detectáveis no aumento massivo da radiação ultravioleta durante a primavera antártica e no resfriamento estratosférico, que têm consequências para os ecossistemas de alta latitude (regiões centro-sul e sul do Chile e Argentina), geleiras e padrões de precipitação (Siegert et al, 2023; Barria, 2021).
Embora a população na Antártica seja mínima, as atividades humanas ainda impactam este ecossistema tão distante devido aos processos ambientais, afetando a dinâmica dos ecossistemas e levantando preocupações sobre a poluição por microplásticos e outras substâncias químicas, além da possível bioacumulação e toxicidade nos organismos expostos. As emissões de carbono relacionadas ao krill acidificam os oceanos, e o aquecimento global, junto com o buraco na camada de ozônio existente nesta parte do mundo, derrete massas de gelo, desencadeando a estratificação do oceano. Além disso, a atividade pesqueira representa uma ameaça à biodiversidade e aos habitats antárticos (Grosu, 2023; Barria, 2021).
19 de novembro de 2024
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