CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Há 46 anos, o Dia da Mãe Terra começou a ser comemorado nos Estados Unidos. Foi uma das iniciativas da Earth Day Network, uma organização cuja missão ainda hoje é ampliar e mobilizar o movimento ambiental para construir um meio ambiente sustentável, combater as mudanças climáticas e proteger o planeta para as gerações futuras.
22 de abril de 2016
Em parte graças a esta iniciativa, a sustentabilidade tem ganhado visibilidade e defensores. Agora, a necessidade de tratar o nosso planeta de forma responsável começou a permear no setor de negócios: já existem empresas para as quais a sustentabilidade não é um acessório para o seu objetivo de negócio, mas sim uma peça fundamental para suas operações.
Na América Latina, essa mudança de mentalidade tem o seu maior expoente nas Empresas B, um movimento global criado por B Lab nos Estados Unidos, que está se expandindo com muita força na região.
As Empresas B utilizam a força do mercado para gerar valor social e ambiental ao mesmo tempo em que entendem os negócios não apenas como um meio de gerar rentabilidade para os acionistas, mas como uma ferramenta para cuidar do planeta e melhorar a vida de todos.
"O movimento das Empresas B representa uma mudança de paradigma para uma economia mais inclusiva e mais humana", afirma Ana Mercedes Botero, responsável pela direção de Inovação Social do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina.
O CAF é parceiro estratégico do B Lab -criador do modelo B e responsável pela certificação das Empresas B- e do Sistema B, organização irmã do B Lab que se encarrega de consolidar um ecossistema favorável para o crescimento de negócios de impacto triplo na região através da construção de uma oferta de valor que seja atraente e do desenvolvimento de atividades que influenciem nas políticas públicas.
"Trabalhamos de perto com as Empresas B para reintroduzir a ética nos negócios e buscar modelos de desenvolvimento sustentáveis e integrais", explica Botero, que considera que essas companhias são veículo adequado para promover a inovação social na região.
O movimento das Empresas B está alinhado com a razão de ser do CAF, cujo objetivo é a promoção do desenvolvimento sustentável com inclusão social na América Latina, e também reflete sua ideia de que o setor privado pode ser um agente fundamental para a transformação social e ambiental.
"Como um banco de desenvolvimento, não somos um banco qualquer", diz Botero. "Nosso interesse é que os nossos investimentos produzam não apenas lucros financeiros, mas sim que gerem valor social e ambiental com o objetivo de construir sociedades sustentáveis".
Atualmente existem, a nível mundial, mais de 1.700 Empresas B em 50 países e 130 setores com o mesmo objetivo: redefinir o conceito de sucesso nos negócios e expandir o alcance da Responsabilidade Social Corporativa.
Na América Latina, o fenômeno está em pleno crescimento, presente desde a Argentina até o México e abrangendo setores como o turismo, a alimentação e o reflorestamento. As projeções sugerem que este ano as Empresas B continuarão com seu crescimento sustentado. Um destaque na região é o caso da empresa brasileira Natura Cosméticos, considerada a maior Empresa B do mundo.
"Em três anos tivemos 230 empresas certificadas como Empresas B", diz Maria Emilia Correa, representante deste movimento na região e criadora da Empresa B Triciclos. "São empresários que estão procurando uma nova forma de fazer negócios, de servir a sociedade onde vivem".
Além de gerar lucros, a motivação passa a ser contribuir para a solução de algum problema social ou ambiental, redefinindo, assim, o conceito de Responsabilidade Social Corporativa ao incorporar de maneira vinculativa na missão das empresas o objetivo de obter um impacto na sociedade.
Correa, que trabalhou durante 25 anos em grandes empresas tentando introduzir variáveis ??sociais e ambientais ao modelo de negócios, está convencida de que as empresas devem pensar em longo prazo e deixar de pensar na rentabilidade como único parâmetro de sucesso.
"Estamos falando da construção de uma nova economia que considere que o sucesso é o bem-estar das pessoas e da natureza, e não apenas os lucros, e para isso necessitamos de empresas que possam funcionar com essa filosofia", conclui.
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