Aumentar a gestão municipal para administrar melhor os espaços verdes das cidades

O CAF e a FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, organizaram um fórum para debater as medidas mais eficazes para fortalecer a gestão municipal e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos por meio de uma gestão melhor dos espaços verdes.

12 de julho de 2017

De acordo com a OMS, para que os cidadãos possam gozar de boa saúde, são necessários pelo menos 9m² de espaço verde por habitante e uma caminhada de pelo menos 15 minutos. Este último requisito representa um desafio considerável para a maior parte das cidades da região, pois ainda é necessário resolver quatro aspectos de natureza qualitativa: qualidade paisagística, acessibilidade e inclusão, segurança e disponibilidade.

Esta situação apresenta um enorme desafio para a gestão pública municipal da América Latina, em que apenas uma minoria se encontra descentralizada da gestão ambiental nos níveis federal, estatal ou central.

A fim de debater as medidas mais eficazes para fortalecer a gestão municipal e conseguir melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, o CAF e a FAO organizaram o Fórum Latino-Americano e do Caribe sobre Silvicultura Urbana, Arboricultura e Paisagismo em Florestas Urbanas e Espaços Verdes, um espaço de discussão sobre as florestas urbanas e os espaços verdes da América Latina e do Caribe, que reuniu em Lima destacados especialistas na matéria.

O evento reuniu autoridades municipais, gestores de espaços verdes, universidades, centros de pesquisa, organizações não governamentais, associações profissionais, organizações nacionais e internacionais e organismos multilaterais procedentes da Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela.

Os participantes concordaram com a diretriz do CAF para melhorar o cenário regional com base no estabelecimento de uma metodologia para a medição dos impactos econômicos das florestas urbanas e dos espaços verdes na gestão municipal; para consulta pública, apropriação e participação cidadã das florestas urbanas e dos espaços verdes; para inventários e diagnósticos de florestas urbanas e espaços verdes; para a estruturação e elaboração de planos diretores de arborização urbana; para a seleção de espécies arbóreas em espaços verdes urbanos; para a inserção das florestas urbanas e dos espaços verdes no planejamento municipal; para as florestas urbanas e espaços verdes como eixo estruturador e conector de infraestrutura verde e de corredores biológicos; e para o planejamento municipal de manutenção e estratégia de recuperação das florestas urbanas e dos espaços verdes.

O CAF é a única instituição financeira multilateral que trabalha com o tema na região. Os estudos de vulnerabilidade da instituição das cidades de Arequipa, Guayaquil e do CIOESTE (Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo) indicam que entre 80 e 90% das medidas de adaptação das cidades às mudanças climáticas estão vinculadas às florestas urbanas e aos espaços verdes.

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