CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Os dois maiores grupos de instituições financeiras para o desenvolvimento deram um passo importante para monitorar, de forma mais consistente, como o financiamento para o clima flui para ajudar os países e as pessoas mais vulneráveis às mudanças climáticas
09 de julho de 2015
Os seis principais bancos multilaterais de desenvolvimento (MDB, por sua sigla em inglês) e o Clube de Bancos (IDFC, por sua sigla em inglês), uma rede de bancos de desenvolvimento nacionais, regionais e internacionais, dos quais o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- faz parte, entraram em acordo a respeito de uma série de princípios comuns para monitorar os compromissos financeiros que ajudam os países a se preparar e construir resistência aos impactos das mudanças climáticas.
Os bancos multilaterais incluem o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (EBRD), o Banco Europeu de Investimento (EIB), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Grupo do Banco Mundial.
A iniciativa, denominada Common Principles for Climate Change Adaptation Finance Tracking (Princípios Comuns para o Monitoramento do Financiamento para a Adaptação às Mudanças Climáticas), tem como base um acordo similar do começo do ano para definir e monitorar o financiamento para a mitigação. Aumentando a transparência nos fluxos de financiamento climático, o acordo a respeito dos dois princípios comuns para monitorar o financiamento climático ajudará a confiar que o dinheiro está fluindo, e dá um estímulo para as próximas negociações sobre o clima em Paris.
"Esta cooperação a nível mundial entre as instituições financeiras nacionais e internacionais dá um grande valor para atender às necessidades de desenvolvimento mais resiliente e sustentável dos países em desenvolvimento", disse Enrique García, presidente-executivo do CAF. "O CAF está preparado para fazer tudo o que for necessário e se compromete a aumentar o financiamento verde e se concentrar mais em medidas de adaptação nos próximos anos".
O objetivo do acordo é obter um entendimento comum sobre o que deve ser considerado como financiamento para as mudanças climáticas. Saber como flui o dinheiro é essencial para chegar a áreas de oportunidade e necessidade, porque o que pode ser medido pode ser gerenciado.
No mês passado, os MDB informaram que haviam entregado USD 5 bilhões em financiamento durante o ano para ajudar os países em desenvolvimento e as economias emergentes na adaptação aos desafios das mudanças climáticas. Do mesmo modo, no seu mais recente relatório de financiamento verde, os membros do IDFC comunicaram uma contribuição de USD 15,8 bilhões para projetos de adaptação em países em desenvolvimento em 2013. No entanto, o IDFC e os MDB concordaram que se necessita mais apoio para infraestrutura resiliente ao clima, ecossistemas naturais e outras medidas de adaptação.
Segundo este acordo, os princípios comuns são que "os MDB e o IDFC estão totalmente comprometidos em promover e apoiar o desenvolvimento resiliente ao clima como um elemento essencial da sustentabilidade dos seus investimentos". O documento diz que, para que isso aconteça, planejam "integrar a resiliência e a adaptação ao clima aos seus investimentos, operações e iniciativas".
O objetivo dos princípios é estabelecer um enfoque que todos concordem para monitorar o financiamento do clima. Os princípios são voluntários e estabelecem definições e regras comuns. A execução, a informação e o controle de qualidade são de responsabilidade de cada instituição. Além disso, o IDFC e os MDB comprometeram-se em desenvolver ainda mais a cooperação no futuro e continuarão compartilhando práticas e conhecimentos sobre financiamento climático.
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