CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
A CAF, em parceria com a Cumbres Blancas, destacou-se na COP16 como a primeira instituição multilateral a promover a proteção integral dos páramos, com foco em sua conservação e no bem-estar das comunidades locais.
24 de outubro de 2024
O CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, com o apoio da Cumbres Blancas, posicionou-se na COP16 em Cali como a primeira instituição multilateral a abordar a proteção dos páramos com uma visão abrangente que busca não apenas a conservação ambiental, mas também a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais que dependem desses ecossistemas.
Os ecossistemas de alta montanha, especialmente os páramos, desempenham um papel fundamental na sustentabilidade ambiental e no bem-estar de milhões de pessoas. No entanto, as mudanças climáticas, o uso insustentável da terra e outras atividades humanas estão ameaçando seriamente esses ecossistemas estratégicos.
Nesse contexto, os páramos, que se encontram exclusivamente na Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, são reconhecidos como os ecossistemas de alta montanha mais biodiversos do mundo. Eles abrigam mais de 35.000 espécies de plantas e vertebrados, ocupam o primeiro lugar em diversidade de aves, mamíferos e anfíbios, e o segundo em répteis. Além disso, esses ecossistemas fornecem serviços essenciais para mais de 60 milhões de pessoas que dependem diretamente de seus recursos, incluindo o fornecimento de água e energia para cidades como Bogotá, Quito e Cuenca.
A aliança com a Cumbres Blancas reflete o compromisso da instituição em promover ações concretas para a restauração e proteção dos páramos, e visa desenvolver iniciativas como a construção de viveiros comunitários, a criação de capacidades de emprego verde e a restauração de bacias hidrográficas, que são vitais para garantir o acesso à água potável e à energia nessas regiões.
As ações estratégicas da CAF nos páramos têm como objetivo não apenas mitigar os impactos das mudanças climáticas, mas também promover a resiliência das comunidades que vivem nesses territórios. Os viveiros comunitários, por exemplo, serão uma ferramenta fundamental para a restauração da flora nativa e o reflorestamento de áreas degradadas. Além disso, a criação de empregos verdes em setores como agricultura sustentável e gestão de recursos naturais contribuirá diretamente para melhorar as condições socioeconômicas das populações locais.
A esse respeito, Alicia Montalvo, Gerente de Ação Climática e Biodiversidade Positiva da CAF, disse que"o desafio que enfrentamos não é apenas proteger a biodiversidade dos páramos, mas traduzir nosso conhecimento e esforços em ações concretas que garantam sua preservação. Nossa colaboração com a OTCA e outras instituições é fundamental para obter dados precisos e coordenar os esforços regionais, garantindo que os recursos sejam investidos da melhor forma possível onde são mais necessários.
A CAF já lançou uma série de iniciativas na região, que vão desde a restauração ecológica até a promoção de bioempresas sustentáveis. Um dos exemplos mais notáveis é o trabalho realizado com as 56 comunidades indígenas Puruhá do páramo Cotopaxi, no Equador, por meio de um projeto de biocomércio promovido em conjunto com o Global Environmental Facility (GEF), o Ministério do Meio Ambiente e a Heifer Foundation. Esse projeto visa fortalecer a cadeia de produção de quinoa orgânica e melhorar as condições socioeconômicas de mais de 600 famílias.
Além disso, a CAF está promovendo, em colaboração com o GEF, um projeto que busca reduzir o risco climático que afeta as populações paramo na Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Essa iniciativa beneficiará diretamente mais de 360.000 pessoas, melhorando a capacidade de adaptação às mudanças climáticas nessas áreas vulneráveis. O objetivo é garantir que esses ecossistemas estratégicos possam continuar a prestar serviços vitais às populações locais.
19 de novembro de 2024
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