CAF alcançará 35% de financiamento verde em 2024

Durante a COP29 em Baku, Azerbaijão, o CAF anunciou que 35% do seu financiamento em 2024 será destinado a iniciativas que promovam a proteção da biodiversidade, a preservação de ecossistemas estratégicos e a adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Esta conquista faz parte do compromisso da instituição de se tornar o banco verde da região e de dedicar 40% do seu financiamento a iniciativas ambientais e de sustentabilidade até 2026.

19 de novembro de 2024

O CAF – banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe – anunciou na COP29 em Baku que 35% de suas operações serão verdes até 2024, o que constitui um marco em seu caminho para se tornar o banco verde da região. Com estes recursos, a instituição está a concentrar os seus esforços no aumento da resiliência climática dos projetos de infraestruturas, na promoção da transição energética, na melhoria dos sistemas de água e saneamento, na obtenção de um baixo crescimento nas emissões de gases com efeito de estufa e no fortalecimento da conservação dos ecossistemas naturais e da biodiversidade.


“Estamos avançando em nosso objetivo de nos tornarmos o banco verde da América Latina e do Caribe em diferentes frentes. Por um lado, aumentar o financiamento de projetos de proteção da biodiversidade e de adaptação e mitigação das alterações climáticas e, por outro lado, melhorar a qualidade dos nossos projetos para incorporar os componentes verdes necessários à sustentabilidade ambiental. Tudo isso ajuda a fornecer soluções latino-americanas e caribenhas para superar a crise ambiental global”, disse Alicia Montalvo, gerente de Ação Climática e Biodiversidade Positiva do CAF.

Estes são os compromissos financeiros que a CAF assumiu nos últimos três anos:

  • 25 bilhões de dólares para ação climática e biodiversidade: Durante a COP26 em Glasgow em 2021, o CAF anunciou um investimento de 25 bilhões de dólares até 2026 para iniciativas que promovam a sustentabilidade ambiental e climática na América Latina e no Caribe. A instituição também está reforçando a mobilização de fontes de financiamento de terceiros, como a emissão de títulos e fundos verdes e climáticos, e promovendo alianças estratégicas que permitam o fortalecimento do trabalho coordenado entre governos, sociedade civil, organizações internacionais, ONGs e o setor privado. Isto ajuda a conservar a biodiversidade, a conceber políticas públicas de adaptação e mitigação, a reforçar as capacidades governamentais e a incentivar o crescimento económico inclusivo e amigo do ambiente.
    Proteção dos oceanos: Durante a Conferência dos Oceanos realizada em Lisboa em 2022, o CAF anunciou que destinará 1,25 bilhão de dólares até 2026 para financiar projetos que contribuam para preservar, dinamizar e promover os ecossistemas marinhos e costeiros da América Latina e do Caribe.  Recursos utilizados para conceber e implementar projetos e programas que promovam a economia azul, com ênfase na restauração dos ambientes marinhos e costeiros, carbono azul, energia marinha renovável, pesca e aquicultura sustentáveis, gestão costeira integrada, soluções baseadas na natureza, pagamento pelo ecossistema serviços, ecoturismo e melhoria da gestão de áreas marinhas protegidas, entre outros.
  • Adaptação e gestão de riscos diante de desastres naturais: Na COP28 em Dubai, em 2023, o CAF anunciou que investirá mais de US$ 2 bilhões por ano até 2030 para a adaptação às mudanças climáticas e, especialmente, para que a região esteja melhor preparada para enfrentam desastres naturais extremos cada vez mais frequentes e intensos. Os fundos serão utilizados para melhorar a resiliência das infra-estruturas, a segurança hídrica, a segurança alimentar, a resposta a emergências, a redução de desastres com sistemas de monitorização e prevenção com tecnologia de ponta, o controlo da erosão e a protecção costeira, entre outros aspectos.
  • Trabalho integral na Amazônia: Durante a COP28 em Dubai, em 2023, o CAF anunciou um investimento de US$ 2 bilhões até 2030 para contribuir para uma Amazônia sustentável, inclusiva, equitativa e resiliente ao clima. Os fundos do CAF destinam-se a fortalecer a gestão das áreas protegidas e sua conectividade para a conservação da biodiversidade; promover a bioeconomia e o turismo sustentável, inclusivo, resiliente e regenerativo; promover cidades amazônicas resilientes, de baixo carbono e inclusivas; melhorar as condições de vida dos habitantes amazônicos; e trabalhar ativamente com a Coalizão Verde de Bancos de Desenvolvimento para a Amazônia para alcançar financiamento contínuo e sustentável na região.
  • Programa para preservar a biodiversidade da região: Na COP16 em Cali, Colômbia, o CAF anunciou um programa de US$ 300 milhões para conservar e restaurar os principais ecossistemas estratégicos da região, como a Amazônia, a Mata Atlântica, o Pantanal, o Chaco, a Patagônia, a Antártica e a Corrente de Humboldt, entre outros. O projecto também mobilizará mais recursos financeiros e melhorará a coordenação entre os governos locais, o sector privado e a sociedade civil. Além disso, até 2030, 10% do financiamento do CAF será destinado a iniciativas de preservação da biodiversidade.

 

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