Desafios macroeconômicos do Paraguai são apresentados na Universidade Nacional do Leste

A agência multilateral realizou uma palestra no âmbito do programa de carreira de Reforço Virtual da faculdade de Economia em 13 universidades da América Latina, incluindo a Universidade Nacional do Leste. O Paraguai fez progressos econômicos e sociais nos últimos anos e tem tudo para continuar nesse ritmo. A pandemia representa uma aceleração das reformas planejadas.

10 de dezembro de 2020

Os desafios para a macroeconomia no Paraguai foram o cerne da palestra de Guillermo Cabral, economista paraguaio do CAF – banco de desenvolvimento da América Latina – realizado em conjunto com a Universidade Nacional do Leste (UNE), e como parte do programa de Reforço Virtual para a faculdade de Economia das Universidades Públicas latinoamericanas, ao qual a UNE aderiu em janeiro deste ano.

A economia do Paraguai chega à pandemia com alguns dados positivos: alto crescimento nas últimas duas décadas que levou o PIB per capita da América Latina a ser o mais alto desde quando se tem registro, com pobreza e desigualdade diminuindo. A inflação também está sob controle, levando a um aumento da movimentação bancária com depósitos e créditos em seu nível mais alto nas últimas décadas. Apesar desses avanços, o Paraguai enfrenta desafios prementes. Os resultados na educação estão na parte inferior da tabela da região nos testes do PISA; persistem lacunas de infraestrutura, a informalidade ultrapassa 65%, e o sistema de saúde exige mais investimentos, entre outros.

"O Paraguai avançou nos últimos anos e acreditamos que o país tem tudo para continuar assim. Acreditamos que a pandemia forçará a aceleração das reformas que estavam previstas", disse Guillermo Cabral durante sua apresentação.

O reforço virtual à carreira econômica das universidades públicas da América Latina, implementado pelo CAF, permitirá ampliar o conhecimento e a gestão dos aspectos conceituais e aplicados da teoria econômica, a fim de fortalecer o potencial do capital humano dos alunos e professores da Universidade. Isso terá impactos diretos e indiretos sobre a produtividade dos participantes, bem como sobre a eficiência nas gestões pública e privada e na contribuição dos participantes para o desenvolvimento sustentável e integração do país. 

O programa complementa a formação presencial de cursos da faculdade de Economia da UNCA com aulas virtuais ministradas por economistas de alto prestígio internacional. A partir de agora, esse esquema vai gerar uma rede de universidades públicas da América Latina, que formarão uma comunidade de profissionais de economia com altos padrões internacionais que terão acesso a estágios entre países que participam do programa e poderão realizar pesquisas aplicadas, acessar bibliotecas virtuais, entre outros benefícios acadêmicos.  Atualmente, 13 universidades no Peru, Equador, Paraguai e Bolívia estão implementando o Programa.

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