CAF apresenta sua abordagem estratégica de ecossistemas na COP29

A CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe - apresentou na COP29 de Mudanças Climáticas em Baku, Azerbaijão, seu novo enfoque para trabalhar de forma integral nos 14 ecossistemas estratégicos da região e, com isso, melhorar a preservação e regeneração e proporcionar benefícios sociais, ambientais e econômicos tanto para os países como para as comunidades que os habitam.

Em um evento no pavilhão do IDFC, Alicia Montalvo, gerente de Ação Climática e Biodiversidade Positiva da CAF, disse que “o enfoque ecossistêmico responde tanto às necessidades dos países da América Latina e do Caribe quanto às dos ecossistemas, pois é abrangente, coloca as pessoas no centro, tem uma visão de longo prazo, visualiza os limites transnacionais dos ecossistemas, promove a integração regional e protege a biodiversidade”.

A região tem 14 ecossistemas estratégicos transnacionais de enorme relevância global que abrangem todo o seu território, estão interconectados entre si e com outros ecossistemas hemisféricos e fornecem serviços essenciais para garantir a subsistência das populações locais. Entre eles estão os páramos, a Patagônia, as florestas de Tumbes no Chocó e Magdalena, a Mata Atlântica, o Corredor Biológico Mesoamericano, os manguezais, a Amazônia, a Corrente de Humboldt e o Gran Chaco e o Pantanal, entre outros.

A nova abordagem ecossistêmica da CAF é abrangente, com uma visão de longo prazo e foco na integração regional. Ela também coloca as pessoas no centro, promovendo o desenvolvimento sustentável e incluindo comunidades locais, povos indígenas e afrodescendentes na tomada de decisões.

Essa nova abordagem inclui o Programa Regional para a Conservação, Restauração e Uso Sustentável de Ecossistemas Estratégicos, que terá um orçamento de US$ 300 milhões, conforme anunciado na COP16 em Cali, que busca aumentar o financiamento direto para os setores público e privado e fornecer ferramentas para identificar projetos de qualidade.

A adoção da abordagem ecossistêmica e o compromisso com a ação em todos os ecossistemas são fundamentais para a CAF, pois se alinham com as metas globais da Nova Estrutura Global de Biodiversidade, que visa à “perda líquida zero” até 2030 e ao “ganho líquido” até 2050. Essa abordagem integrada permitirá que os países atinjam suas metas de conservação e que a CAF cumpra o compromisso de que 40% de suas aprovações até 2026 se qualifiquem como financiamento verde, com pelo menos 10% dedicados especificamente à conservação, restauração e uso sustentável da biodiversidade.