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América Latina e Caribe lançam seu primeiro grande fórum global
29 de janeiro de 2025
14 de dezembro de 2011
"Apoiamos os esforços dos países para levar a cabo uma agenda integral para o desenvolvimento sustentável e a integração da região", disse o presidente executivo da instituição, Enrique García, acrescentando que o crescimento nas aprovações nos últimos cinco anos foi de 120%, somando um total de USD 45.000 milhões para toda a região – montante que viabiliza um investimento total superior a USD 100.000 milhões.
Cerca de 50% das aprovações de 2011 foram direcionadas para o financiamento de projetos de infra-estrutura econômica e integração, 30% ao desenvolvimento social e ambiental e cerca de 20% para o desenvolvimento dos setores produtivos.
A CAF é hoje uma das maiores fontes de financiamento multilateral para a América Latina, e a principal em infra-estrutura e energia, com ênfase especial em projetos que promovam a integração regional.
A instituição também se tornou uma importante fonte de geração de conhecimento na região e um promotor de inovação e desenvolvimento tecnológico.
Em 2011, foi aprofundado o apoio financeiro gratuito de cooperação técnica para projetos de inclusão social, programas de competitividade, pesquisa, política pública, fortalecimento institucional, identidade cultural e preservação do meio ambiente, entre outros.
Cautela para a região
Sobre a situação atual e as perspectivas para a América Latina em 2012, Enrique García destacou a gestão bem sucedida dos países nos últimos anos em termos de políticas macroeconômicas, o que, combinado com condições externas favoráveis, como o preço das matérias-primas, lhes permitiu não só resistir às duas crises mais recentes, como ainda continuar a crescer.
Contudo, García lembrou que "devemos ser cautelosos, porque a profundidade da crise atual pode nos afetar."
"O desafio é de grande magnitude para a região", disse García, "muito concentrada ainda nas exportações primárias, de modo que deve comprometer-se com mudanças estruturais que permitam uma maior diversificação, o aumento da produtividade e dos níveis de competitividade internacional."
Ele observou que o crescimento alcançado pela América Latina em 2011, em média de 4,5%, é insuficiente para permitir que a região possa convergir ao longo dos próximos 20 anos com as economias industrializadas, principalmente para ter a capacidade de resolver, de forma sustentável, os problemas sociais.
"Embora tenhamos feito grandes esforços na questão da redução da pobreza, o problema mais grave da América Latina ainda persiste, que é a desigualdade", disse García, "e por isso precisamos de um crescimento econômico que seja alto, que não seja volátil, e de boa qualidade. Não basta crescer, o crescimento deve ser eficiente e produtivo para ser sustentável e inclusivo. "
O presidente executivo da CAF ressaltou a necessidade dos países aproveitarem essa plataforma positiva que souberam construir nos últimos anos para investir em questões críticas, como educação, infra-estrutura, tecnologia e fortalecimento institucional dos setores público e privado. "A educação é a base para conciliar os objetivos econômicos com os objetivos sociais", disse ele.
Nesta etapa de grandes desafios para a região, "a CAF pode desempenhar um papel importante para a sua plena identificação com a América Latina, sendo uma instituição multilateral de propriedade de países em desenvolvimento", disse García, lembrando que a instituição apóia um modelo de desenvolvimento integral com visão de longo prazo, que concilie os objectivos de estabilidade macroeconômica, eficiência microeconômica, equidade social e equilíbrio ambiental.
Em relação à integração da região, García disse que "a América Latina como um todo pode e deve tentar vôos mais altos, e para isto deve retomar de forma eficiente e pragmática esforços de integração regional, concebendo-a não como um luxo, mas como uma necessidade, e como fator decisivo para alcançar uma presença significativa no contexto econômico e político mundial".
Compromisso mútuo
Quanto à distribuição equilibrada de aprovações da CAF por país, seu presidente executivo destacou o compromisso do organismo com todos os seus acionistas, bem como o apoio contínuo de seus países membros, resultando em ganhos de capital em um cumprimento regular e fiel de todas as suas obrigações financeiras.
Deve-se notar que, na antecipação de possíveis efeitos adversos da crise internacional sobre a região, o Conselho de Administração da instituição aprovou recentemente um aumento de USD 2.000 milhões de capital integralizado da CAF, que, juntamente com os aumentos acordados de USD 4.000 milhões em 2009, significam a duplicação de seu patrimônio nos próximos cinco anos.
Desta forma será reconhecido o papel anticíclico e catalítico desempenhado pela instituição no contexto de crises econômicas recentes ou não. O aumento de capital aprovado permitirá à CAF estar melhor preparada para apoiar os acionistas na mitigação de possíveis impactos negativos conjunturais que possam surgir na América Latina, sem afetar a capacidade de continuar a fornecer financiamento de longo prazo para projetos de investimento que promovam o desenvolvimento.
"Graças a este fortalecimento patrimonial, que se fará efetivo nos próximos cinco anos, a CAF poderá efetuar aprovações de valores de até USD 80.000 milhões no período 2012-2017, em prol do desenvolvimento sustentável e integração da região", concluiu.
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