CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
A iniciativa visa unir esforços para promover o desenvolvimento de projetos de eficiência energética relacionados com a oferta e a demanda, e torna-los viáveis através de instrumentos financeiros desenvolvidos pela instituição com o apoio de fundos internacionais
12 de setembro de 2014
O CAF-banco de desenvolvimento da América Latina- juntamente com a Organização Latino-Americana de Energia (OLADE), a Associação Regional de Empresas de Petróleo, Gás e Biocombustíveis na América Latina e no Caribe (ARPEL), a Comissão de Integração Elétrica Regional (CIER), o Conselho Mundial de Energia (WEC), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Associação Latino-americana de Integração (ALADI) apresentaram o Programa Regional de Eficiência Energética, segunda etapa da iniciativa "Rumo à uma Agenda Energética Compartilhada", que visa promover o desenvolvimento de projetos de eficiência energética na região.
Com o objetivo de estimular um mercado energético no qual se valorize a eficiência tanto no uso dos recursos como em sua produção, o programa regional concentra suas ações e propostas nos interessados regionais vinculados à oferta, como fornecedores de energia públicos e privados. Também contribui para o setor dos consumidores de energia.
Durante a apresentação do programa, realizada na sede da Associação Latino-americana de Integração (ALADI) em Montevidéu, o secretário-geral da organização, Carlos Álvarez, destacou a importância da integração entre os países para a obtenção da eficiência energética. "A América Latina pode chegar a se tornar uma parte muito importante em um mundo conturbado e em transição", declarou Álvarez. "O desafio é grande e o retorno a uma visão de planejamento estratégico, mais aberto e flexível, é altamente relevante para o desenvolvimento da nossa região".
O Diretor Nacional de Energia do Uruguai, Ramón Méndez, destacou a importância de contar com uma liderança política que promova esses objetivos de mudança. "A forte presença do Estado, longe de ser prejudicial para o mercado, incentiva a participação", afirmou Méndez. Como exemplo, indicou que o Uruguai investe na transformação energética uma quantia anual equivalente a 3% do seu Produto Interno Bruto (PIB). "A região está começando a ser vista de uma forma diferente devido à incorporação de novos mecanismos que propõem uma reformulação dos esquemas tradicionais", explicou Méndez.
Por sua vez, o coordenador interinstitucional do programa de Eficiência Energética, Alfonso Blanco, afirmou que ainda há barreiras na inovação que limitam o acesso à informação, aos fundos de garantia e aos instrumentos financeiros, além da escassez de competências profissionais locais. Durante seu discurso, Blanco expôs algumas das iniciativas que estão sendo desenvolvidas por diversas organizações regionais, entre as quais mencionou eventos, webinars e parcerias com empresas produtoras de energia.
A diretora-representante do CAF no Uruguai, Gladis Genua, lembrou que o primeiro exemplo deste trabalho conjunto se concentrou em um balanço da agenda energética na América Latina e seus desafios. "Para o CAF, a questão energética é de importância vital, já que aproximadamente 30% da nossa carteira de financiamento na região diz respeito a projetos nesta área, tanto na geração como na distribuição e transmissão", declarou Genua. "Agora temos que incorporar o tema da eficiência energética, porque embora tenhamos recursos suficientes, é responsabilidade desta geração fazer um uso adequado dos mesmos para que no futuro possamos continuar desfrutando".
O CAF estabeleceu uma aliança com o banco de desenvolvimento alemão KfW para oferecer duas linhas de financiamento destinadas à concretização de projetos relacionados com a oferta e a demanda energética.
Mauricio Garrón, especialista sênior em Energia do CAF, explicou que o primeiro instrumento é destinado a consumidores finais e as PMEs, e é canalizado através de bancos e instituições financeiras locais. Também lembrou que as empresas geradoras ou distribuidoras de energia que necessitem de apoio financeiro poderão optar por créditos a serem concedidos diretamente pelo CAF através dos mecanismos existentes. Segundo Garrón, há um fundo de assistência técnica não reembolsável que apoiará a realização de estudos e auditorias energéticas que as empresas necessitem para estabelecer os lucros e os benefícios do projeto.
O evento contou com a participação de representantes da Associação Regional de Empresas de Petróleo, Gás e Biocombustíveis na América Latina e no Caribe (ARPEL), da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), da Comissão de Integração Elétrica Regional (CIER), da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Associação Latino-americana de Integração (ALADI) e do Conselho Mundial de Energia (WEC).
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