CAF e Rede de Cidades Resilientes promovem a troca de experiências para recuperação urbana pós-pandemia

Entre julho e novembro, foram realizadas sete sessões de intercâmbio virtual, nas quais mais de 150 profissionais da região compartilharam experiências, lições e desafios na implementação de políticas urbanas de atenção e recuperação pós-pandêmica, a fim de contribuir para o fortalecimento de capacidades de municípios, governos locais e nacionais na América Latina.

04 de dezembro de 2020

Embora a pandemia de COVID-19 tenha tornado as vulnerabilidades das cidades latino-americanas ainda mais visíveis, também possibilitou a demonstração de criatividade e compromisso na formulação e implementação de políticas urbanas por parte de autoridades locais e nacionais e do público em geral, para enfrentar o efeitos desta crise.

Com o objetivo de analisar desafios e trazer soluções entre as cidades da região neste contexto, o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina-, por meio da Iniciativa Cidades com Futuro e em coordenação com a Rede de Cidades Resilientes (R-Cities), organizou um espaço de troca virtual chamado RECUPERAÇÃO URBANA: Respostas Resilientes à Crise, para criar e compartilhar conhecimento e boas práticas entre os municípios e atores-chave do ecossistema urbano regional, com o objetivo de mitigar ou controlar os efeitos da pandemia.

Essa atividade apoiou o fortalecimento institucional dos governos locais e nacionais para ajudá-los a formular intervenções urbanas, com base nas contribuições de seus pares, conhecimento especializado e experiências compartilhadas. As sessões contaram com a presença de mais de 150 funcionários públicos municipais e nacionais de 20 cidades e 9 países da região, que abordaram diversas questões relacionadas à gestão local, como mobilidade urbana; desenvolvimento de bairros e participação cidadã em assentamentos informais; gestão de mercados municipais e feiras de bairro; abastecimento sustentável de alimentos às populações vulneráveis; inclusão digital e recuperação econômica nas cidades brasileiras; parques urbanos e espaços públicos; bem como os desafios da reabertura de escolas.

Pablo López, coordenador da Iniciativa Cidades com Futuro, ressaltou a importância desses espaços de intercâmbio para discutir ideias e identificar soluções concretas para os desafios diários impostos pela pandemia. “Esses espaços foram muito valorizados pelos participantes, pois, a partir de um clima de confiança e abertura às diversas vozes e experiências, puderam ser identificadas possíveis ações a serem adaptadas e replicadas em cada contexto urbano.”.

Por sua vez, Eugene Zapata, diretor para a América Latina e o Caribe da Rede Cidades Resilientes, valorizou a importância de gerar a recuperação urbana resiliente: “Algo útil deixado por essas trocas é o produto que sistematiza a conversa e que permite proporcionar, não só aos participantes, mas também a outros atores do meio urbano, um conjunto de etapas ou questões concretas a levar em conta na formulação de políticas urbanas”.

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