CAF elogia crescimento do Panamá e destaca oportunidade de consolidar seu desenvolvimento

07 de novembro de 2012

(Panamá, 2 de novembro de 2012.) - Durante os dias 30 e 31 de outubro, o presidente executivo do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina-, Enrique García, cumpriu uma agenda importante no Panamá, que incluiu sua participação como palestrante no 7º Fórum Nacional para a Competitividade, organizado pelo Centro Nacional de Competitividade, assim como reuniões com o Presidente da República, Ricardo Martinelli, e altos funcionários do governo e de empresas privadas deste país.

Na 7ª Edição do Fórum para a Competitividade no Panamá, que contou em sua abertura com a participação do ministro da Presidência, Roberto Henríquez, e do ministro de Economia e Finanças, Frank De Lima, o presidente executivo do CAF destacou a grande oportunidade que o Panamá tem para consolidar seu crescimento através do investimento em educação de qualidade, logística, infraestruturas, transformação produtiva e fortalecimento institucional.

Neste contexto, Enrique García parabenizou o Panamá pelo trabalho que vem realizando, o qual posicionou o país como uma das quatro economias com maior crescimento no mundo nos últimos tempos. Sobre o tema da competitividade, destacou que o país subiu 19 posições nos últimos dois anos.

De acordo com a análise do titular do CAF, a América Latina deve substituir seu atual modelo de vantagens comparativas por um de vantagens competitivas, passando dos recursos naturais e dos salários baixos ao conhecimento, ao valor agregado, à inovação e à tecnologia.

Nesse sentido, Enrique García apontou o caso da Coréia do Sul, cujo PIB per capita aumentou de 265 dólares em meados da década de 60 para 23.000 dólares hoje em dia. “Isso deve-se principalmente à concentração na educação, que é o instrumento para que o capital humano seja o adequado para uma necessária transformação produtiva”, afirmou o presidente executivo do CAF.

Por isso, considerou que a região e, especialmente o Panamá, não deveria se conformar com somente cumprir com as boas taxas de crescimento macroeconômico, já que tem, como nunca antes, “uma oportunidade histórica para realizar mudanças estruturais que permitam um crescimento sustentado e equitativo”, acrescentou Garcia.

Para alcançar este objetivo, García pediu um maior investimento regional em infraestrutura e logística. “A América Latina investe menos de 3% em infraestrutura, enquanto que China investe 10%, e a média dos países avançados é de entre 5 e 6%”, explicou.

Além disso, e para superar o que considerou como um crescimento “modesto em termos de produtividade”, García pediu um maior investimento em relação ao PIB e a melhora da capacidade de poupança. “A Ásia economiza mais de 40% do seu produto bruto”, disse.

Por outro lado, o titular do CAF visitou o presidente Ricardo Martinelli e lhe reiterou o interesse de continuar oferecendo apoio ao país através do financiamento de projetos que permitam o crescimento sustentável e equitativo que contribua para o desenvolvimento social e para a integração com o mundo e, principalmente, a nível regional.

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