Financiamento de um plano para melhorar a resiliência climática dos países da Bacia do Prata

Um novo projeto ajudará a abordar a falta de saneamento e de acesso à água potável e controlará a poluição na Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

15 de agosto de 2019

O Projeto para a Implementação do Programa de Ações Estratégicas da Bacia do Prata (PAE), liderado pelo Comitê Intergovernamental da Bacia do Prata (CIC) em cooperação com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e com Fundo Global para o Meio Ambiente (FGMA) e pelo CAF – banco de desenvolvimento da América Latina, promoverá a integração regional e o desenvolvimento sustentável na Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai, e ajudará a preservar esse corpo de água tão importante para a região.

O PAE não é um plano isolado. Ele está imerso em uma agenda estratégica hídrica regional na qual o CAF trabalha com metas fixadas para até 2022. O objetivo é “resolver problemas como a falta de saneamento, de acesso à água potável, realizar um controle de poluição, bem como contribuir para a melhoria da qualidade da água e para a conservação dos ecossistemas”, disse Mauricio Velásquez, da Unidade de Negócios Verdes do CAF.

A iniciativa coincide com o 50º aniversário do CAF e do Tratado da Bacia do Prata, assinado em 1969 para promover o desenvolvimento de um dos mais importantes reservatórios de recursos naturais do mundo. Seus principais rios (da Prata, Paraná, Paraguai e Uruguai) têm enorme potencial energético e são fundamentais para o comércio e avanço das populações da região. Com isso em vista, o Comitê Intergovernamental da Bacia do Prata (CIC) realizará ações conjuntas destinadas a melhorar a utilização dos recursos, o desenvolvimento da região e o cumprimento dos objetivos estabelecidos no Tratado da Bacia do Prata.

Entre 2013 e 2016, o Comitê criou um Programa Marco (PM) para a gestão sustentável dos recursos hídricos da Bacia do Prata, em resposta aos impactos das variações e alterações climáticas. Um ano depois, identificou a necessidade de continuar trabalhando em ações conjuntas, por meio da análise do diagnóstico transfronteiriço, e formulou o projeto “Preparando as Bases para a Implementação do Programa de Ação Estratégica (PAE) da Bacia do Prata”, com ações destinadas a “melhorar a segurança hídrica, a resiliência climática, a degradação ambiental e a saúde dos ecossistemas”, explicou Myriam Fraschini, presidenta Pro tempore do CIC.

Eneida de León, ministra da Habitação, Ordenamento Territorial e Meio Ambiente, destacou que “a presença generalizada de cianobactérias e florações algais em toda a Bacia do Prata demonstram que devemos ajustar o desenvolvimento produtivo e zelar pelos assentamentos humanos. Juntos, precisamos melhorar os sistemas de alerta precoce e o combate a esses fenômenos”.

Durante o evento de lançamento, foi assinada a carta de entendimento entre o Instituto Interamericano para Pesquisa em Mudanças Globais (IAI) e o CIC. O acordo é entendido como um primeiro passo no sentido de uma maior sinergia entre os dois organismos internacionais, e contribuirá para o desenvolvimento dos estudos e das análises propostos.

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