CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
14 de dezembro de 2010
“2010 encerra com uma clara recuperação econômica da região, alcançando um crescimento médio de 6%, até passando de 7% em alguns países da região. Este favorável desempenho é resultado das sólidas bases macroeconômicos da América Latina, um cenário externo com os preços das matérias-prima historicamente altos e um amplo acesso ao financiamento externo sob custo, em um contexto de ampla liquidez internacional”, disse García.
Ele afirmou que embora a região tenha progredido, existem importantes desafios estruturais que ainda precisam ser resolvidos, tais como a concentração em poucas exportações, baixos níveis de poupança e investimento e um crescimento relativamente baixo em produtividade em comparação com outros países como, por exemplo, os países do sudeste asiático.
García disse ainda que “estima-se que o crescimento médio da região em 2011 cairá para níveis de 4% a 4,5% na América Latina que, embora tenha feito progressos significativos como uma melhoria substancial em termos de redução da pobreza, não pode se acomodar se quiser reverter graves problemas sociais de desigualdade e promover melhores condições para o desenvolvimento e para a inclusão social, assim como para a geração de novas oportunidades de emprego”.
O presidente-executivo da CAF ressaltou também que o atual cenário é propício para acelerar reformas de caráter estrutural em uma estratégia de longo prazo, que contemple aspectos microeconômicos e sociais como investimento em infra-estrutura, educação e alta tecnologia, e no necessário fortalecimento institucional dos setores público e privado.
Ele destacou ainda a necessidade de retomar a dinâmica dos processos de integração regional já realizados como condição essencial para melhorar a competitividade da região no contexto mundial.
Aprovações neste qüinqüênio duplicam em relação ao período anterior
García ressaltou que em 2010 as aprovações da CAF nos setores público e privado chegaram a USD 10.500 milhões, mostrando um crescimento de mais de 13% ao ano e duplicando a cifra de cinco anos atrás, enquanto a carteira teve um crescimento excepcional de 17%.
Do total aprovado este ano, 41% corresponderam ao financiamento de projetos de infra-estrutura econômica e de integração, 19% ao desenvolvimento social e ambiental, e 39% a setores produtivos, por meio de operações diretas e com intermediações financeiras. A Instituição se transformou na principal fonte de financiamento multilateral de infra-estrutura na América Latina, com especial ênfase em projetos que promovam a integração regional.
Sobre fundos de cooperação, a CAF aprovou durante o ano mais de USD 40 milhões, a maior parte doações, destinadas ao fortalecimento institucional, inclusão social e identidade cultural da região, assim como programas de competitividade, pesquisa e políticas públicas que estimulam um crescimento econômico de qualidade e com inclusão.
“CAF também apóia seus países acionistas no atendimento e prevenção de emergências por meio de facilidades de financiamento e doações, como foi o caso das aprovações ao longo do ano a favor da Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Haiti, Panamá e Venezuela”, disse García.
Ele ressaltou também que o contínuo e importante apoio da instituição a projetos de integração regional e desenvolvimento nas fronteiras para o fortalecimento dos diversos mecanismos de integração existentes.
Recursos do mundo para a região
Reafirmando sua presença nos mercados de capital mais exigentes, o presidente-executivo da Instituição financeira latino-americana anunciou que, em 2010, a CAF duplicou suas emissões públicas, realizando nove emissões nos mercados europeu, japonês, suíço, uruguaio, yankee e no exclusivo mercado retail Uridashi, no total de USD 2.000 milhões, que somados aos USD 10.500 milhões em outras captações totalizaram USD 12.500 milhões.
Desta forma, a Instituição evidencia seu papel catalisador ao atrair fundos para a América Latina de países industrializados para promover os investimentos e oportunidades comerciais na região.
As qualificações da Instituição estão entre as mais altas entre os emissores de dívida na região, sendo reconhecidos seus excelentes indicadores financeiros, a sólida estrutura legal e o compromisso permanente com seus países acionistas. A importante agência Standard & Poor’s melhorou em 2010 a qualificação da CAF passando de Estável a Positivo.
Exercendo seu papel de ponte entre a América Latina e o resto do mundo, a Instituição fortaleceu em 2010 a relação com a América do Norte, Europa e Ásia. “A CAF tem o compromisso de apoiar seus países acionistas na abertura de novos horizontes e em consolidar uma agenda de desenvolvimento integral de longo prazo. Este papel de catalisador permite canalizar recursos adicionais, tanto econômicos como tecnológicos, buscando alcançar assim um desenvolvimento sustentável e transitar até a consolidação de economias dinamizadas por vantagens competitivas”, afirmou.
CAF, um banco de desenvolvimento da América Latina, para América Latina
Nos últimos anos, a CAF consolidou sua dimensão latino-americana e hoje é integrada por 18 países – 16 da América Latina e Caribe, além da Espanha e Portugal. Tem a particularidade de ser um organismo multilateral de financiamento de propriedade de países emergentes – 97% -, motivo pelo qual a agenda do banco nasce na América Latina para a própria região.
A CAF se converteu em uma importante fonte de geração de conhecimento da América Latina e promoção de desenvolvimento tecnológico. A atividade da instituição se desenvolve no âmbito de uma Agenda de Desenvolvimento Integral que busca conciliar os objetivos de estabilidade macroeconômica, eficiência microeconômica, igualdade social e equilíbrio ambiental.
Enrique García destacou ainda que “o desenvolvimento de sucesso da CAF foi possível por conta do apoio incessante de seus países acionistas, traduzido em aumentos de capital de forma periódica, assim como no fiel cumprimento de todas suas obrigações financeiras”.
Com a assinatura dos importantes aumentos de capital acordado com os países membros, na ordem de USD 4.000 milhões, o patrimônio da instituição se duplicará nos próximos cinco anos, atingindo a cifra de USD 12.000 milhões, o que permitirá a triplicação de sua capacidade financeira e operacional, visando atender e responder às necessidades da região.
19 de novembro de 2024
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