CAF libera USD 88 milhões para infraestrutura de integração da Bolívia

  • Com a presença do presidente da Bolívia, Evo Morales, foram assinados dois contratos de empréstimo para a construção da estrada Chacapuco-Ravelo e do Túnel Incahuasi, obras na Diagonal Jaime Mendoza.
  • A CAF concedeu subsídios que incentivarão estudos para a gestão de resíduos sólidos em Santa Cruz e para verificação de aspectos técnicos da represa Misicuni.
  • A instituição financeira doou USD 125 mil para a reconstrução da infraestrutura danificada por fenômenos climáticos.

01 de junho de 2012

(La Paz, 1 de junho de 2012.) Durante sua visita oficial a Bolívia, Enrique García, presidente-executivo da CAF, banco de desenvolvimento da América Latina, e a ministra do Planejamento, Viviana Caro, assinaram dois contratos de empréstimo de valor total de USD 88 milhões. Os recursos são destinados para a construção do Túnel Incahuasi, que liga Monteagudo e Ipatí, no departamento de Chuquisaca, e o trecho da rodovia Chacapuco-Ravelo, em Potosí e Chuquisaca.

A assinatura dos contratos ocorreu no Palácio do Governo, na presença do Presidente da Bolívia, Evo Morales, como testemunha de honra, e ministros de Estado.

Também foram assinados três convênios de cooperação técnica subsidiados para apoiar o estudo de viabilidade do projeto "Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para a área metropolitana de Santa Cruz", a "Revisão e Avaliação da estabilidade geológica das encostas do projeto Misicuni II”, e uma doação da CAF para a reconstrução de infraestruturas impactadas por consequência do fenômeno climático "La Niña", que afetou o país.

"Pontes, estradas e rodovias permitem ampliar a área de influência das atividades das populações conectando-as com o resto do país, permitindo ampliar mercados e incentivar uma maior produção. Por isso, a CAF apoia seus países acionistas na implementação de infraestrutura de integração", disse Enrique García. O presidente-executivo da CAF acrescentou que, no caso da Bolívia, a Instituição já financiou até hoje quase cinco mil quilômetros de rodovias.

"Os empréstimos assinados hoje apoiarão duas obras de fundamental importância para a integração da Bolívia: uma estrada que beneficiará a Oruro, Potosí e Chuquisaca, mas que também integrará o país com Argentina, Paraguai, Peru e Chile; e o Túnel de Incahuasi, na Chuquisaca, que faz parte de uma estrada estratégica – a Diagonl Jaime Mendoza”, concluiu.

A construção e pavimentação do trecho Chacapuco-Ravelo, de 124 quilômetros de extensão, contribui para o desenvolvimento da estrada Ravelo -Llallagua. Sua reforma irá garantir um acesso rodoviário permanente, seguro e confortável para a área de influência e, por sua vez, contribuirá para a melhoria da Diagonal Jaime Mendoza, viabilizando uma conectividade confiável e segura da Bolívia com seus vizinhos Argentina, Paraguai, Peru e Chile. O empréstimo para este projeto é de USD 75 milhões.

A construção do Túnel Incahuasi, de 1.260 metros, por outro lado, tem um custo total de USD 18,15 milhões, dos quais a CAF financiará USD 13,15 milhões (72,47%).

O túnel, que começa no portal Monteagudo (Chuquisaca) e termina na zoan do portal Ipati (Santa Cruz), atravessa a serra de Incahuasi, e permitirá reduzir custos operacionais de transporte, tempo de viagem e melhorar a eficiência e condições de segurança dos usuários da estrada que atravessam a Serra de Incahuasi, localizada perto Muyupampa.

Subsídios para o desenvolvimento boliviano

Com relação aos convênios de cooperação técnica subsidiados, a CAF vai financiar estudos para a gestão integral de resíduos sólidos urbanos na região metropolitana de Santa Cruz, que serão realizados pelo Governo Municipal da cidade.

Além disso, a CAF vai apoiar a contratação de consultores para a revisão e avaliação da estabilidade geológica das encostas da futura represa Misicuni e, por fim, a instituição financeira latinoamericana formalizou a doação de USD 125 mil para o país, a fim de contribuir com a reconstrução de infraestrutura danificada, como resultado do fenômeno La Niña, que produziu grandes prejuízos para a Bolívia.

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