CAF, novo membro do Grupo de Trabalho de Gênero dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento

A entidade foi convidada pela primeira vez para a Cúpula Mundial do Gênero, na qual participaram mais de 200 líderes do setor privado, governos, órgãos multilaterais e da sociedade civil.

16 de junho de 2016

O CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina- tornou-se o mais novo integrante do Grupo de Trabalho de Gênero dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento, uma rede global de bancos de desenvolvimento que facilita o intercâmbio de melhores práticas e enfoques com base em evidências para avançar na autonomia econômica das mulheres.

O anúncio foi feito durante a Sexta Cúpula Mundial de Gênero, realizada na sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, D.C., e que é um reforço importante para o papel dos órgãos multilaterais de desenvolvimento no momento de impactar e incentivar as políticas públicas que melhorem a situação das mulheres.

Além disso, esta nova posição é fundamental para enfrentar os vários desafios que a América Latina enfrenta para alcançar a igualdade de gênero com mais garantias.

Durante o evento, no qual além do BID e do CAF participaram o Banco Mundial, o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, o Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Europeu de Investimento, ressaltou-se a importância do empoderamento econômico das mulheres como uma ferramenta fundamental para promover a inclusão social na região, e se discutiram políticas para aumentar a participação laboral das mulheres, assim como os mecanismos para promover seu empreendedorismo, inovação e liderança.

Atualmente, a desigualdade de gênero persiste em praticamente todas as esferas da vida na América Latina. Nas áreas vulneráveis, as mulheres são particularmente afetadas pelo subemprego e pelo desemprego, ocupando postos de trabalho de baixa qualidade e com má remuneração. Por sua vez, enfrentam desafios relacionados à carga de trabalho e pouca disponibilidade de tempo para realizar atividades produtivas, o que resulta em diferentes formas de exclusão.

Para reverter essa situação, é necessário priorizar o acesso à educação, serviços financeiros e digitais, assim como assegurar uma maior proteção jurídica e diminuir o tempo em trabalhos não remunerados, já que, embora a América Latina esteja reduzindo a brecha de gênero, essas desigualdades ainda persistem.

O CAF trabalha no desenvolvimento de projetos de empoderamento econômico para conceder ferramentas eficazes às mulheres para que sejam elas mesmas sejam agentes de mudança do seu próprio desenvolvimento.

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