CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Atores-chave das Américas, Europa e Ásia vão se reunir em Washington no início de setembro na conferência anual do CAF para avaliar os principais desafios da região em um ano marcado por uma mudança no cenário econômico global e na desaceleração da China
03 de setembro de 2015
Mais de 1.400 pessoas estarão presentes na XIX Conferência Anual
CAF, um dos principais fóruns da América Latina, que este ano
abordará os desafios geopolíticos e os obstáculos que a região
enfrenta perante a desaceleração do principal motor do seu
crescimento da última década, a China. Os especialistas também vão
explorar os efeitos do panorama global sobre a nova classe média
latino-americana, os processos de integração e a projeção
internacional da região, entre outros.
A conferência, organizada todos os anos pelo CAF -banco de
desenvolvimento da América Latina- com o Diálogo Interamericano e a Organização dos
Estados Americanos (OEA), será realizada no Hotel Willard, em
Washington, D.C., nos dias 9 e 10 de setembro.
"Reformas estruturais importantes ainda estão pendentes na América
Latina e, nesse contexto, esta mudança de ventos é um fator
importante", declarou o presidente-executivo do CAF, Enrique
García, que abrirá a conferência junto com Luis Almagro,
secretário-geral da OEA, e com Michael Shifter, presidente do
Diálogo Interamericano. "Devemos, mais que nunca,concentrar-nos em
duas tarefas fundamentais: a transformação produtiva e a integração
regional".
Nesta ocasião está prevista a participação de mais de 50
palestrantes de diferentes horizontes. Entre os mais destacados
estão o ex-presidente do Panamá, Martín Torrijos; o ex-presidente
do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); o
ex-secretário-geral iberoamericano, Enrique Iglesias; a ministra de
Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín; o ministro
de Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga; a
secretária-geral iberoamericana, Rebeca Grynspan; o assessor de
política externa da Presidência do Brasil, Marco Aurélio Garcia; a
vice-secretária de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos
Estados Unidos, Roberta Jacobson; o presidente do Banco Central do
Uruguai, Mario Bergara; os ex-ministros de Economia da Colômbia,
José Antonio Ocampo, e do Peru, Luis Miguel Castilla, entre
outros.
Os especialistas refletirão sobre os atuais desafios que a região
enfrenta em momentos nos quais, apesar da recuperação da economia
norte-americana, registra-se uma estagnação persistente da zona do
Euro e do Japão, e uma série de reveses da economia chinesa que
produziram dúvidas nos mercados internacionais sobre a solidez
financeira do gigante asiático. Neste contexto, adverte-se a
particular vulnerabilidade da classe média latino-americana, tendo
em conta que a prosperidade alcançada durante a última década de
crescimento acelerado poderia se ver comprometida.
O painel sobre o "Crescimento da Classe Média na América Latina e
sua Sustentabilidade Futura" será moderado por Guillermo Perry,
professor da Universidade de los Andes e ex-ministro de Finanças da
Colômbia, e contará com a participação, entre outros, de Santiago
Levy, vice-presidente do BID; Nicola Harrington, vice-diretora do
Centro de Desenvolvimento da OCDE; Luis Felipe López-Calva,
economista-chefe e assessor de temas de pobreza regional do Banco
Mundial; e Pablo Sanguinetti, economista-chefe do CAF.
Além disso, haverá um painel sobre as relações da América Latina
com a Ásia do qual participarão, entre outros, Marta Lucía Ramírez,
ex-ministra de Comércio da Colômbia; Leonardo Arízaga,
vice-ministro de Relações Exteriores do Equador; Hiroshi Watanabe,
governador e CEO do Banco Japonês para a Cooperação Internacional;
e Biliang Hu, diretor do Instituto de Mercados Emergentes da
Universidade Normal de Pequim.
Acadêmicos, analistas políticos e jornalistas da região também
irão falar sobre a situação do panorama político em aqueles países
que passam por um ano eleitoral: Argentina, Peru, Venezuela e
Guatemala. O painel sobre as eleições será moderado por Michael
Shifter, presidente do Diálogo Interamericano.
A integração regional terá também o seu espaço na conferência com
um painel moderado pelo acadêmico argentino Felix Peña, no qual
participarão os ministros de Relações Exteriores Loizaga e Holguín,
assim como os ex-ministros de Relações Exteriores do Chile e da
Bolívia, Alejandro Foxley e Gustavo Fernández, entre outros.
Além disso, frente à recente normalização das relações entre os
Estados Unidos e Cuba, haverá um debate intitulado "O Caminho Rumo
à Transformação de Cuba". O painel, moderado pelo presidente do
Banco Central do Uruguai, Mario Bergara, contará com a
participação, entre outros, de Ted Piccone, pesquisador-sênior da
Instituição Brookings; Juan Triana, professor da Universidade de
Havana; e Germán Ríos, diretor corporativo de assuntos estratégicos
do CAF.
O encontro poderá ser acompanhado no Twitter com a hashtag
#DIALOGOCAF2015.
19 de novembro de 2024
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