CAF soma aliados para preservar oceanos da América Latina e do Caribe

Um grupo de especialistas internacionais somou forças com a estratégia do CAF pela preservação dos oceanos da América Latina e do Caribe, que receberá um financiamento de US$ 1.250 bilhão nos próximos cinco anos. Dentre os nomes estão Rémi Parmentier, um dos fundadores do Greenpeace, Peter Thompson, enviado especial da ONU para os Oceanos, Yabanex Batista, chefe do Fundo de Recifes de Corais da ONU, e Adrián Peña, ministro do Meio Ambiente do Uruguai.

15 de dezembro de 2022

Na COP15 sobre Biodiversidade realizada em Montreal, um grupo de especialistas globais analisou as linhas de ação da estratégia do CAF com relação aos oceanos, cujo foco foi promover novos projetos regionais capazes de gerar receitas sociais e comunitárias, bem como estimular um turismo sustentável que contribua com o crescimento econômico.

Alicia Montalvo, gerente de Ação Climática e Biodiversidade Positiva do CAF, destacou a necessidade de melhorar a qualidade de vida de pessoas que vivem em regiões costeiras da América Latina e do Caribe. Ainda de acordo com ela, uma das prioridades do CAF é oferecer um maior acesso a recursos financeiros para projetos de pesca sustentável e de restauração de ecossistemas naturais, entre outros.

"É importante colaborarmos com redes de conhecimento para ter mais e mais vozes e aliados contribuindo com o objetivo de preservar nossos oceanos", explica Montalvo.

Peter Thompson, enviado especial da ONU para os Oceanos, disse que a ciência nos deixa claro que precisamos proteger pelo menos 30% do planeta para evitar uma extinção em massa. "Se estamos falando de economia azul sustentável neste evento, então contem comigo", afirma Thompson.

Para Yabanex Batista, chefe do Fundo de Recifes de Corais da ONU, o impacto dos furacões na região produz mudanças e impacta a forma como os recursos marinhos são consumidos. Além disso, Batista explicou que eles estão desenvolvendo um canal de soluções e que eles se ofereceram para trabalhar com o CAF para atrair mais investimentos.

Adrián Peña, ministro do Meio Ambiente do Uruguai, comentou que desde a Conferência dos Oceanos de Lisboa houve avanços na implementação de compromissos, e que esta semana foram tomadas medidas para definir áreas protegidas nos oceanos. "Não se trata apenas de defini-las, o desafio é mantê-las ao longo do tempo", explica Peña.

Puri Canals, presidente da MedPAN (Rede de Gestores de Áreas Marinhas Protegidas do Mediterrâneo), incentivou o CAF a continuar apoiando os países a trabalharem juntos e menciona o caso do Corredor Marinho do Pacífico Tropical Oriental (CMAR), uma iniciativa na qual Colômbia, Costa Rica, Equador e Panamá trabalham juntos, como algo exemplar.

Os especialistas internacionais valorizaram o processo de consultas que o CAF está realizando para desenvolver sua estratégia oceânica e também reconheceram o quão importante é o compromisso da instituição em alocar US$ 1.250 bilhão nos próximos anos para preservar os oceanos da região.

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