CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Um grupo de especialistas internacionais analisou na COP15 de Montreal de que forma a Rede de Biodivercidades do CAF está contribuindo para que a conservação da biodiversidade se torne uma parte central do planejamento, do ordenamento territorial e do desenvolvimento socioeconômico das cidades da América Latina e do Caribe.
11 de dezembro de 2022
Uma das iniciativas mais inovadoras e que está atraindo mais interesse em nível regional no que se refere à adaptação às mudanças climáticas é a chamada Rede de Biodivercidades, um conceito que integra “cidade” e “biodiversidade”, e que estimula a incorporação da biodiversidade local ao planeamento urbano, tornando-se um motor de desenvolvimento socioeconómico.
Durante a COP15 sobre Biodiversidade, realizada em Montreal, Canadá, um grupo de especialistas internacionais discutiu as medidas necessárias para expandir e aperfeiçoar a Rede de Biodivercidades, com o objetivo de fazer com que os governos municipais implementem um novo modelo de gestão urbana baseado em políticas locais inclusivas, produtivas e sustentáveis.
O evento contou com a presença virtual de Ángel Cárdenas, Gerente de Desenvolvimento Urbano, Água e Economias Criativas do CAF, e presencial de Mauricio Velásquez, especialista em biodiversidade do CAF, que destacou a necessidade de continuar apoiando com conhecimento e capacitação as cidades interessadas em aderir à rede.
Para Timon McPhearson, diretor do Urban Systems Lab da The New School, está cientificamente comprovado que as soluções baseadas na natureza são eficientes na adaptação ao aquecimento global, e que iniciativas como a da Biodivercidades, com os serviços ambientais que oferece, são essenciais tanto para preservar a rica biodiversidade do continente como para que nos adaptemos ao aquecimento global.
Diego Ochoa, do Instituto Humboldt, explicou como foi forjada a parceria com o FEM e com um grupo de cidades colombianas, à qual o CAF se uniu para promover um crescimento exponencial das cidades da rede de Biodivercidades.
Jaime Pumarejo, prefeito de Barranquilla, explicou as ações que sua cidade realiza para proteger os corpos hídricos e os ecossistemas naturais, criando economias baseadas nos recursos naturais, como o turismo de observação de aves e os pagamentos por serviços ambientais, entre outros. Por sua vez, Dario Saadi, prefeito de Campinas, mencionou como sua cidade promove a incorporação da biodiversidade às suas obras, algo que reduz sua vulnerabilidade às mudanças climáticas.
Akansksha Khatri, líder da Agenda de Ação para a Natureza do FEM, mencionou como esse modelo foi exposto ao mundo e destacou o papel da Rede Biodivercidades, que reúne não apenas os setores público e privado, mas também a sociedade civil, a academia e muitos outros atores que valorizam e se beneficiam da biodiversidade. Jean-Noel Roulleau, especialista em Mudanças Climáticas da AFD, explicou como sua instituição tem contribuído, por meio de financiamento, para que o conceito de biodivercidades passe da teoria à prática na Colômbia e em outras cidades latino-americanas.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial e o Instituto Humboldt, as Biodivercidades podem restaurar o equilíbrio entre a gestão urbana e a natureza, por meio do incremento da infraestrutura verde, da melhora de esquemas de governança que promovam soluções baseadas na natureza, da geração de vínculos positivos entre o rural e o urbano, da priorização de modelos de economia circular e de ações inovadoras para a competitividade econômica e a promoção de valores de bem-estar e saúde na cidadania.
19 de novembro de 2024
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