CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
28 de março de 2017
A Agencia Presentes existe para cobrir as questões relacionadas com os direitos da comunidade LGBTI na América Latina. Além de assumir este desafio, enfrenta as dificuldades de promover uma empresa jornalística.
"Hoje a agência, como empresa, tem o objetivo de encontrar as formas de garantir sua sustentabilidade", comenta María Eugenia Ludueña, em uma entrevista com a Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo (FNPI).
Se bem que o pontapé inicial veio com um capital-semente da National Endowment for Democracy (NED), a equipe tem claro que é necessário diversificar as fontes de renda. Neste momento, sua estratégia tem dois elementos.
O primeiro deles é o crowdfunding, que tem sido um recurso bastante utilizado pelos novos meios.
Outro aspecto, que anda de mãos dadas com a projeção editorial, é a ampliação da agência para outros países. Hoje, a equipe é formada por jornalistas que colaboram da Argentina, Chile, Peru e Paraguai. O plano é chegar à América Central para diversificar o alcance dos seus conteúdos e, com isso, também encontrar meios que também sirvam para diversificar as fontes de financiamento.
O modelo organizacional procura fazer da sua redação uma equipe virtual. "A razão é que não queremos ter escritórios, sentimos que o mundo mudou e que as redações tradicionais não mudaram na mesma medida", explica Ludueña. "É uma maneira que não só facilita a cobertura nos quatro países nos quais trabalhamos, como também diminui os custos operacionais".
A origem da agência está relacionada com a coincidência de um grupo de colegas interessados ??em atender este nicho de diversidade sexual, tanto pela importância que tem na agenda da mídia como pela pouca cobertura que se presta para a comunidade.
Para promover o projeto, a equipe da Agência Presentes tomou como referência o que outros meios estavam fazendo, particularmente aqueles que se especializam em questões de agenda e a atividade dos meios de massa. Com a análise do comportamento de outras organizações jornalísticas, definiram-se os objetivos da agência quanto ao critério do valor da informação. "Nós não queríamos produzir notícias apenas para determinados grupos, porque não queremos escrever para os convencidos", diz Ludueña. "O que queremos é apenas sensibilizar e contar para a sociedade o que está acontecendo".
A entrevista a María Eugenia Ludueña foi realizada no âmbito da oficina Mulheres Líderes na Redação, organizada pela Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo Ibero-americano -FNPI-, e pelo CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina, com o apoio da Universidade Católica do Chile. A íntegra da entrevista está disponível no website www.fnpi.org.
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