CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Quando funcionários públicos realizam uma avaliação de impacto, esperam respostas que lhes permitam confirmar que os resultados de uma política incidindo sobre certa população beneficiária estejam alinhados com as expectativas ou, caso contrário, certificar-se de que intervenção não tenha solucionado o problema. Resultados nulos ou “sem relevância estatística” tendem a gerar incerteza, apesar de terem potencial igualmente informativo.
24 de setembro de 2019
Determinar os efeitos de um programa por meio de uma avaliação de impacto inclui a realização de uma prova estatística para calcular a probabilidade de que o efeito observado, ou sua diferença entre os grupos de tratamento e controle, seja mero resultado do acaso. Sendo a probabilidade baixa o suficiente, a diferença entre os grupos será real (ou estatisticamente significativa). O impacto do programa, portanto, terá sido positivo – ou negativo. Quando a probabilidade não se enquadra nesse molde, o resultado do programa é nulo, ou seja, não há diferença estatisticamente relevante entre os grupos de tratamento e controle.
Os resultados nulos, por si só, não geram uma resposta concreta. É possível que a intervenção, de fato, não tenha provocado nenhum efeito. No entanto, a possibilidade de a avaliação de impacto não ter o poder estatístico necessário para detectá-lo também não pode ser descartada. Qualquer que seja o caso, um resultado nulo esconde informações (associadas à qualidade da implementação, à aceitação dos beneficiários, ao poder estatístico etc.) que podem gerar um aprendizado valioso para a tomada de decisões na gestão pública, sempre e quando sejam fornecidos os insumos necessários para extraí-los. Para obter essas informações, é útil realizar algumas atividades que complementam a avaliação de impacto e ajudam a explicar os resultados nulos, caso haja:
Às vezes, sem saber, profissionais que realizam avaliações de impacto são influenciados pelos resultados nulos e, portanto, esperam que os programas avaliados gerem os impactos desejados. Com isso, acabam subestimando as informações e respostas que podem ser extraídas de resultados não tão expressivos – situação que exige maior reflexão sobre a intervenção, os mecanismos e os resultados que estavam em jogo. Fato é que as ações mencionadas acima requerem tempo, recursos e esforços adicionais, mas também garantirão que, seja qual for o resultado, será possível obter contribuições úteis e informativas para a gestão pública.
19 de novembro de 2024
19 de novembro de 2024
19 de novembro de 2024