CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
18 de fevereiro de 2016
Que 50 milhões de latino-americanos se juntaram à classe média nos últimos 15 anos é, sem dúvida, uma boa notícia para a região. Mas não é tanto o fato de que este crescimento não foi acompanhado, em geral, por melhorias nas infraestruturas, especialmente em transporte, energia, telecomunicações ou gestão integral da água.
O resultado desta realidade é que a brecha que separa os países da América Latina das economias mais avançadas continua limitando as aspirações da região de ter um desenvolvimento econômico e social que incluía todos os habitantes do continente latino-americano.
Está comprovado que a criação de novas e melhores infraestruturas tem um efeito direto no aumento da produtividade, na redução das desigualdades e na qualidade dos serviços públicos. Então, por que os países da região não investem fortemente em suas infraestruturas?
A resposta, em termos gerais, é a seguinte: tradicionalmente, a maior parte do orçamento para as infraestruturas latino-americanas, assim como para boa parte dos países em desenvolvimento, procedia dos governos, em uma prática que atualmente se torna impossível devido ao contexto econômico global - as perspectivas de crescimento para a América Latina em 2016 se situam ao redor de 1%. Além disso, é necessário que sejam elaborados planos integrais de desenvolvimento das infraestruturas em cada país.
Calcula-se que a América Latina deveria aumentar os investimentos até 3 pontos porcentuais em relação ao PIB se deseja entrar no grupo das regiões desenvolvidas. E, tudo indica que o setor público não poderá mobilizar sozinho para suprir os gastos necessários. Segundo o relatório IDeAL: A Infraestrutura no Desenvolvimento Integral da América Latina, elaborado pelo CAF, para garantir investimentos contínuos em infraestrutura e assegurar a produtividade dos recursos alocados, é imprescindível incluir o setor privado em planos de longo prazo que contribuam para minimizar os riscos associados à mudança de prioridades nas novas administrações.
Isso porqueos investimentos público-privados representam uma boa ferramenta para manter o ritmo de investimento em projetos de infraestrutura. Entre as vantagens que oferecem está a soma de fundos adicionais, além dos recursos públicos, para investir em projetos de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, a incorporação do conhecimento técnico e gerencial do setor privado, acrescentado valor agregado e maior eficiência técnica.
Estados dos investimentos em infraestrutura
Na América Latina, os investimentos em infraestrutura ocorreram principalmente nas áreas de transporte (principalmente nas estradas), energia elétrica (fornecimento e geração de eletricidade), telecomunicações e instalações públicas. Jáossetores mais atrasados são os de água e saneamento e o transporte urbano.
De todos os modos, a região enfrenta grandes desafios no financiamento de infraestrutura, entre os quais se destacam acanalização dos recursos financeiros para projetos que ofereçam um alto valor socioeconômico. Estes objetivos só podem ser assumidos se os países da região se comprometerem a fortalecer suas instituições para proporcionar segurança jurídica aos investimentos, ao mesmo tempo em que se incentiva uma administração de risco adequada e políticas de transparência.
19 de novembro de 2024
19 de novembro de 2024
19 de novembro de 2024