Consultar a cidadania ajuda a ter espaços mais seguros

Um debate realizado em Buenos Aires serviu para o intercâmbio de propostas em questões de segurança pública e para reflexão sobre o papel dos cidadãos no processo de elaboração e implantação das políticas públicas

28 de setembro de 2016

Um debate realizado em Buenos Aires serviu para o intercâmbio de propostas em questões de segurança pública e para reflexão sobre o papel dos cidadãos no processo de elaboração e implantação das políticas públicas

"Sem informação homogênea e compartilhada por todos os níveis de governo, não é possível fazer com que as políticas de segurança em países federais sejam eficazes", afirmou Regina De Luca Miki, ex-secretária de Segurança Federal do Brasil, durante um debate realizado pelo CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina-, do qual também participaram responsáveis pelas políticas de segurança em diferentes níveis de governo (nacional, provincial e municipal), representantes de diferentes geografias e afiliações políticas e renomados especialistas no tema.

Em sua passagem pelo escritório do CAF na Argentina, a especialista brasileira assegurou que a participação cidadã é fundamental para conseguir comunidades seguras e que convivam em paz.

E, De Luca explica com conhecimento de causa: como secretária de Defesa Social promoveu uma gestão integral e participativa de prevenção que reduziu mais de 10 vezes a taxa de homicídios em Diadema, estado de São Paulo, um dos núcleos urbanos até então mais violento do país. Além disso, contribuiu para reduzir consideravelmente a violência de gênero, a criminalidade e os acidentes de trânsito na localidade.

A especialista falou sobre a participação cidadã, a transparência, a prevenção do tráfico de drogas, do tráfico de seres humanos e do terrorismo em áreas limítrofes sensíveis. Também elogiou o trabalho do CAF nestes assuntos e a determinação da instituição para criar espaços de reflexão e construção de um novo enfoque estratégico de apoio aos países da América Latina em segurança pública.

Os participantes do debate identificaram uma série de desafios comuns e concordaram que é útil conhecer a abordagem dada pelo Brasil para uma lista de problemas que integram a sua própria agenda de governo. Neste sentido, concordou-se em explorar modos de cooperação com o CAF, a fim de melhorar a informação e a análise criminal, a prevenção integral do delito e, fundamentalmente, a formação de líderes do governo e da sociedade civil.

O CAF vai trabalhar para a materialização destas iniciativas, que terão como primeiros alvos de ação as províncias de Buenos Aires, Córdoba e Tucumán, em um trabalho conjunto com as respectivas áreas do governo nacional.

 

Assine nossa newsletter